sábado, 26 de março de 2011

Que solidão, que nada!



A gente nasce sozinho. Sozinhos sentimos nossa dor em silêncio e depois externamos com muito choro. A gente morre sozinho. Não há nada mais solitário do que morrer. Mesmo que num tsunami. O filme da vida da gente só a gente vê. Entre nascer e morrer centenas de milhares de pessoas passarão por nossas vidas. Algumas pessoas só ficarão a tempo de nos dar a informação de onde fica a rua tal. Algumas, provavelmente apenas uma, porque não viveremos tempo suficiente pra que sejam várias, ficará por 50, 60, 70 anos. Até que chegue o solitário dia de ir dessa pra melhor. Por isso não há porque lamentar a ida de alguns. Quando chega o derradeiro dia de se despedir de um relacionamento a gente chora. A gente fica triste. A gente pensa e repensa nossos erros e acertos. Dói? Desespera? Dói. Desespera.  A morte lenta seria mais suave. Mas passa. Aos poucos, mais um dia, menos no outro. Mas passa e quando vemos já estamos achando graça. E tudo bem se a gente tem a sensação de já ter vivido o grande amor de nossa vida. Outros, talvez nem tão grandes e nem tão adrenados, virão, nem que seja pra lembrar a gente que a gente ainda vive. Que o pulso ainda pulsa. Que o coração só vai morrer quando o rim, os pulmões, o fígado e todo o resto também morrerem. Reza a lenda que não casaremos com o melhor sexo de nossa vida. Até porque ser o melhor sexo já é muita coisa pra se ter ainda uma vida em comum. Casar e constituir família com o grande amor de nossa vida também parece puxado. Não seria muita responsabilidade ter a obrigação de fazer dessa a pessoa mais feliz do mundo? Não faríamos muitas cobranças também à pessoa que nos ama acima de tudo por ter ela a mesma obrigação? É mais fácil fazer e ser feliz com alguém que amamos razoavelmente. As obrigações e cobranças são um tanto quanto mais sutis. Não precisa ser o homem mais rico ou a mulher mais gostosa do mundo. Basta companhia, respeito e tesão. Tudo se acerta. Até o dia em que decidirmos entrar no mundo de outras pessoas. Pra sempre só os filhos que virão. As relações são e precisam ser efêmeras. E se nascemos e morremos solitariamente, estar sozinho em alguns períodos da vida também é natural. E vamos combinar que, na maioria das vezes, não é nada mal! 

terça-feira, 15 de março de 2011

Quem somos nós?






A partir da lenda dos índios caribenhos eu criei a minha própria. Que não foge em nada a Teoria das Possibilidades. Se os índios não enxergavam as naus porque seus cérebros não as reconheciam muito provavelmente vivemos cercados de outros seres e mundos que não podemos ver simplesmente porque nunca vimos.

Tudo o que conhecemos por naves espaciais e extra-terrestres é o que vemos em filmes. Formatos e cores que saíram do imaginário de alguém. Tudo o que sabemos por almas também. Eles podem ter outros tamanhos, outras figuras, outras formas que nosso cérebro não reconhece, por isso somos incapazes de enxergá-los. Enquanto isso eles caminham sobre nossas cabeças, falam com os nossos pés e respiram a nossa pele sem que saibamos, sem que sentimos, sem que vejamos. E quem sabe nós, seres ditos humanos, também vivamos por entre esses seres de outros planetas, outros mundos, outras esferas sem sabermos. Pode ser que nossa cama esteja flutuando em seus rios. Que nossos cabelos se enrosquem estre seus braços. Que nossos perdigotos atravessem suas paredes.

E quando um objeto some e reaparece num lugar improvável? E quando parecemos ouvir alguém nos chamar? E quando nossa pele arrepia sem nenhum golpe de ar?

Seria um tanto quanto ingênuo aplicar o Antropocentrismo? Galáxias, planetas, astros. Milhões deles. É possível que em algum outro ponto do mundo palpável e do mundo não palpável - talvez no mesmo espaço que ocupamos - alguém esteja cantando num musical, escovando os cabelos da filha antes de colocá-la pra dormir ou lavando sua maquina de locomoção. Por que não?

O mundo é pra todos! E cada um de nós poderia ser comparado a um micro grão de areia.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Procura-se.



Eu queria poder olhar na cara dessa Filha da Puta. Dizer pra ela o quão mentirosa ela é. Mitômana. Porque vir pra mim com essa historia de que serei acordada por um príncipe encantado, um homem lindo, seguro, fiel, que sabe andar a cavalo. Ser beijada. Ser amada. Que minha beleza é a mais bela do mundo. Que todos os meus sonhos serão verdade. Que no fim do arco-iris tem um pote de ouro. E, obvio, que serei feliz para todo sempre. É muita cara de pau dessa vaca. Alguém por favor me da o endereço da Carochinha? Quero lhe dizer umas verdades. Dar-lhe uns tapas na cara e lhe dizer que já estou pelas tampas com ela. Quero tira-la desse mundo cor-de-rosa que ela mesma inventou. Quero lhe dizer o quão patética ela é. Se nada disso funcionar. Se ainda assim ela sorrir na minha cara com brilhos nos olhos e dizer que no fim tudo vai dar certo eu lhe oferecerei uma macã com antrax. Apresentarei a Mãe Loira para que se case com seu pai e seja sua madrasta. E como seu Príncipe Encantado lhe apresentarei a galera que frequenta a Nut. 

Vaca!

A quem tiver informações que leve até ela oferece-se como recompensa a própria Carochinha como saco de pancadas.

Lady Vingança na veia!!!