Uma coisa é fato. Toda e qualquer pessoa do mundo te um. Recém-nascidos
e velhos. Brancos, amarelos, negros e índios. Alemães e judeus. Mães, pais,
filhos e netos. Bisnetos. Tataravós. Noruegueses e somalianos. Políticos e
donas-de-casa. Hipopótamos e beija-flores. Eu e você. Algumas pessoas nascem
sem braço. Muitas nascem sem pênis. Mas alguma vez na história do mundo já se
ouviu falar em alguém que nasceu sem cu? Cu rosa. Cu preto. Cu roxo. Cu peludo.
Cu pelado. Cu. Toba. Buraco negro. Fiofó. Ânus. Anel de couro. Se hoje a
população mundial é de 7 bilhões de pessoas, somos, impreterivelmente, 7
bilhões de cus. E mesmo afirmando esse fato, esse pequeno (ou não) orifício a
que nos referimos ainda é uma incógnita pra muita gente. O cu, juntamente com a
boca, é a primeira formação apresentada no embrião, que se formará no feto. Ou seja,
primeiro vem o cu. E a gente se desenvolve a partir dele. Do cu. Um cu pra cada
um. Apenas um. E muitas vezes, nos papos de bar, o assunto vai parar aonde? No cu.
O cu sempre é citado, lembrado e debatido. Só não vale falar no cu da mãe, que
é desrespeito. Ofende. Mas quem nunca compartilhou experiências ou não experiências
com o cu o alheio e com o seu próprio? O cu sempre foi, é e sempre será uma
curiosidade e um tabu, apesar da sua infalível presença constante em todos os
seres capazes de se alimentar e gozar. Se aqui nada entra, apenas sai, pra
muitos, outros tantos preferem não usar de hipocrisia e escancarar sua
verdadeira aprovação ao coito cuniano. Já foi mais que provado que o cu é cheio
de terminações nervosas, o que o torna capaz de nos dar prazeres imensuráveis. Mas
isso, obviamente, pra alguns é só teoria. No entanto temos muitos entusiastas
da causa, que defendem o ato. Alguns apenas permitem tal aventura de anos em
anos. Ou seria de ânus em anos. Ou, quem sabe ainda, de anos em ânus. Vai saber.
E não. Isso não tem nada, absolutamente nada a ver com preferências, opções ou
gostos sexuais. Eu não estou aqui pra
defender ou execrar a permissividade de qualquer ato. Ou levantar ou queimar
qualquer bandeira. Estou apenas sublimando a importância de nosso querido cu. Essa
pequena parte que constitui o corpo dos seres humanos e animais em geral, sem
fazer nenhum mal à ninguém, desde que o mundo é mundo, sempre leva a pior. O coitado
está sempre tendo que engolir entes não queridos, juízes de futebol e
ex-namorados. São Longuinho dá sempre uma olhada lá dentro pra ver se o objeto
que perdemos, por algum desaviso, não foi parar lá. O cu merece nosso respeito.
O cu tem que ser amado e respeitado. Sem ele não existimos. Ele se faz tão
importante quanto um cérebro ou um coração. Órgão vital. Afinal, sem ele entraríamos
pra mesma estatística do pintinho que não tinha cu e foi peidar e explodiu. Nosso
cu. Nosso querido cu. Se quem tem cu tem medo, quem tem medo tem o cu na mão. Dizem
até que cu tem olho, mas que o bêbado não é dono do seu. O do mundo fica bem
longe. Cara de cu é cara feia. Chega de hostilizar o cu. Trégua ao cu. Se Deus foi tão generoso a ponto
de dar um cu pra cada um, então cada um tem o direito de fazer com o seu aquilo
que bem entender. E ninguém tem nada a ver com isso. Cada um que cuide do seu
cu. E do cu outro. Se o outro assim
curtir.