Medo.
Pânico.
Correria.
Amanheceu o dia. O dia esperado. Ou não esperado. Ou
des-esperado. Desesperado. 11 do 11 de 2011.
O relógio faz click a cada segundo. Click a cada minuto. Click a cada hora. Os ponteiros, programados pra não parar. À pilha. À bateria. À satélite. 11h da manhã. A nação fica tensa. 11 e 01. 11 e 02. 11 e 09. O fim se aproxima. 11 e 10 e 22. 11 e 10 e 58. 1 segundo pro fim do mundo. E o ponteiro faz click. 1 pentelhésimo de segundo. Todos fecham os olhos esperando ouvir o som surdo e a luz cega do fim dos tempos. E... opa! O relógio fez mais um click. Passou mais 1. Mais 2. Mais 13 segundos. E os passarinhos ainda cantam. Os carros ainda buzinam. E o apartamento de cima ainda surte sons de marreta. E o mundo não se acabou. Estouram-se champanhes. A gente abraça o mendigo. E faz promessa de parar de fumar. Coloca um maiô e um chapéu. Vai à praia. Coloca uma música. O relógio continua fazendo click. Passa 17. 32. 48 minutos. 59. E BUMMMMMMMMMMMMMMMMM. O mundo explode. Os pássaros se calam. Nossas cabeças são arrancadas. Um universo numa casca de noz em forma de farelo de carne humana. E o sacana do São Pedro nos recebe no céu com uma risada maléfica. Idiotas!!!! Vocês estão no horário de verão!!!! 12 e 11 de 11 do 11 de 2011 é o 11 e 11 de 11 do 11 de 2011 disfarçado de atraso!!! Trouxas.
Ok.
Isso também não aconteceu. O relógio continua fazendo click
e já são 14 e 11.
Mas ainda temos as 11 da noite de 11 do 11 de 2011. E,
invariavelmente, temos as 12 da noite de 11 do 11 de 2011. Horário de Verão,
claro! Prepararemos-nos para pegadinha do Malandro de São Pedro. Tomem conta de
suas cabeças!!!!!
AHUAHUAHAUHAUAHUAHAUHAUAHAUHAUAHUAHAUHAUHAUAHUAHUA (risada
maléfica).