quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Papo de artista.


- Se fosse fácil ser artista ninguém ia querer trabalhar em banco.

- É... Você me deixou feliz agora. Eu posso dizer que eu passo perrengue mas faço o que eu gosto. (...) Mas peraí. Aí nego pode virar pra mim e dizer: "Eu não faço o que eu gosto mas eu posso viajar pra Europa uma vez ao ano".

- Mas aí você pode dizer: "Ok. Você é feliz uma vez ao ano, eu sou feliz todos os dias!"

(Mímica de chutando a bola pro gol).

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Aqui jaz um coração. Ou um cérebro.



Estranho seria se isso não fosse engraçado, curioso ou até duvidoso.

Todas as pessoas que eu conheço, inclusive essa que aqui vos escreve, delegam a uma pessoa o titulo de “grande amor da vida”. E, sem exceção, o tal grande amor é alguém cujo destino a levou pra longe do ser que ama. Ok. Preciso ser mais precisa. Preciso ser precisa. Apesar de amar não ser preciso. Navegar é que é. Mas aí estamos falando de precisão e não precisância. Ok. Preciso ser mais sucinta. E sem trocadilhos dessa vez. 

É claro que existem exceções à regra. Tipo Léo e Gláucia. Tipo Marcos e Gláucia. Merda! Por que meus pais não me deram o nome de Gláucia??? 

A maioria das pessoas, e dessa vez sem citar nomes, dizem que fulano/a foi o grande amor da vida, mas fulano/a não faz mais parte da vida dessas pessoas. Foi um amor que existiu, mas que por motivos de força maior não pode vingar. Um amor que durou tempo suficiente pra ser amor da vida, mas que não durou tempo suficiente pra continuar sendo. Por que damos importância tal a um amor que não vingou? Se era amor da vida não tinha que ser pra vida toda? Não tô falando em sentimentos dessa vez, e sim de vida real. Até onde venho percebendo, esse sentimento arrasador nada tem a ver com a vida prática. Mas e por que não? Existe algo de muito errado no reino dos mortais. 

O coração é um órgão vital. E só. Me lembro da minha professora de Ciências do secundário. Um dia ela desenhou um cérebro no quadro negro e disse que não deveríamos desenhar um coração pra expressar nossos sentimentos e sim um cérebro. Porque é nele que moram nossas perspectivas, é nele que moram nossos planos, é nele que moram nossas angústias. É racional. Ou pelo menos deveria ser. Então é mole. É só pensar em outra coisa, outra pessoa. E Eureca!!! Não. Não funciona. Então por que diabos nosso cérebro, ou coração, ou fígado, ou rim direito, ou mindinho do pé continua afirmando que nosso amor da vida é alguém  que não faz mais parte da nossa vida??? Será que é por que ele, o amor, não teve tempo de virar outra coisa antes que os corpos se separassem? Será que é por que ele, o amor, mora numa ínfima sensação de bem-estar? Será que é por que ela, minha professora de Ciências, era burra e estava errada e o cérebro nada tem a ver com essa palhaçada? Não sei. E muito provavelmente morrerei sem saber. Só sei que entra geração e sai geração e o coração continua não ADD nem o cérebro e nem a razão. E que ele, o amor, é burro, cego, surdo e tetraplégico.

Se Darwin detalhou com genialidade a Teoria da Evolução, é preciso, tanto de precisão quanto de precisância, que um novo gênio surja pra explicar a Teoria da Não Evolução do Coração. Teoricamente o grande amor da vida, tem que, necessariamente ser algo ou alguém que o destino não leve. Viver de nostalgia é bom pra donos de sebos e antiquários. A gente, seres ditos racionais, por obrigação ou merecimento, devemos delegar a importância de “da vida” a qualquer coisa real do dia-a-dia, e não pra fantasmas do passado. 

O grande amor da minha vida só pode ser eu mesma. Afinal sou eu quem aguenta minhas TPMs. Sou eu a única pessoa quem sabe de absolutamente tudo o que se passa comigo. Sou eu quem tomas decisões por mim. Sou eu quem sabe o que me faz feliz. Sou eu quem me leva aos céus, ou ao inferno. Ai, como meu amo!!!!

Fóóóóóóóóóóóóóóóó!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



domingo, 2 de janeiro de 2011

I´ve got the power.




Eu me dei ao trabalho de prometer a mim mesma que no momento da queima de fogos eu não pediria nada. Absolutamente nada. Pularia as 7 ondas, comeria as 7 uvas. Mas apenas por costume. Eu me sugeri não desejar nada. Apenas agradecer. Agradecer à todas as coisas que aprendi. Todas as coisas que conquistei. Todas as pessoas que amei. E no ultimo segundo do ano passado eu me dei conta de uma coisa que, a princípio, me assustou. Eu, Tatiane Odile Pasquali, virei adulta. Puft. Cresci. Justo eu que sempre tive paúra de crescer. Sempre tive medo de ser adulta. Das responsabilidades. Trabalho, casa, dinheiro. E meu sonho sempre foi ter uma secretária pessoal que resolveria todas as minhas burocracias. Ser adulto pra mim era isso. Pagar contas, pensar em comprar uma casa, cuidar da carreira, planejar uma família. E não. Foi preciso que o último segundo da década passada me derrubasse a última ficha pra eu entender que não. Ser adulto é ter o poder de fazer escolhas. Eu fiz escolhas. Resolvi dizer não no lugar onde sempre dizia sim. Experimentei dizer sim quando achava que só me restava o não. Certo ou errado. Definitivo ou passageiro. Eu fui a única responsável por todas as coisas que me aconteceram. Pelas coisas que me levaram à outras. Eu fiz uso do meu poder. O meu poder de escolha. O meu direito de decidir o rumo das pequenas coisas. O meu dever de agir como adulta, consciente e vacinada. Se eu estou aqui hoje é porque há meses atrás eu tomei uma decisão que naturalmente foi me levando a outros lugares até finalmente me trazer até aqui. E que ainda irá me levar a outros lugares ainda inimagináveis. Ser adulto, de repente, não é de todo ruim. Ser gente grande nos dá o poder. O poder de todos os dias decidir uma pequena coisa. De todas as semanas escolher médias coisas. E de todos os anos nos sugerir grandes coisas. Eu virei gente grande a partir do momento em que comecei a ser a única responsável pelas minhas decisões. E sem “uni-duni-tê” ou “minha mãe mandou”. Contando apenas com a matemática e a intuição. Se eu fiz as escolhas certas eu não posso afirmar com certeza. Mas eu fiz as escolhas. Eu tenho esse poder.

E pra não começar o ano contando mentiras, devo confessar que num breve momento eu, sem me dar conta, desejei algo. Sem querer, querendo eu tive um desejo. E já decidi que um dia ele vai acontecer.