A gente nasce sozinho. Sozinhos sentimos nossa dor em
silêncio e depois externamos com muito choro. A gente morre sozinho. Não há nada
mais solitário do que morrer. Mesmo que num tsunami. O filme da vida da gente
só a gente vê. Entre nascer e morrer centenas de milhares de pessoas passarão por
nossas vidas. Algumas pessoas só ficarão a tempo de nos dar a informação de
onde fica a rua tal. Algumas, provavelmente apenas uma, porque não viveremos
tempo suficiente pra que sejam várias, ficará por 50, 60, 70 anos. Até que
chegue o solitário dia de ir dessa pra melhor. Por isso não há porque lamentar
a ida de alguns. Quando chega o derradeiro dia de se despedir de um
relacionamento a gente chora. A gente fica triste. A gente pensa e repensa
nossos erros e acertos. Dói? Desespera? Dói. Desespera. A morte lenta seria mais suave. Mas passa. Aos
poucos, mais um dia, menos no outro. Mas passa e quando vemos já estamos
achando graça. E tudo bem se a gente tem a sensação de já ter vivido o grande
amor de nossa vida. Outros, talvez nem tão grandes e nem tão adrenados, virão,
nem que seja pra lembrar a gente que a gente ainda vive. Que o pulso ainda
pulsa. Que o coração só vai morrer quando o rim, os pulmões, o fígado e todo o
resto também morrerem. Reza a lenda que não casaremos com o melhor sexo de
nossa vida. Até porque ser o melhor sexo já é muita coisa pra se ter ainda uma
vida em comum. Casar e constituir família com o grande amor de nossa vida também
parece puxado. Não seria muita responsabilidade ter a obrigação de fazer dessa
a pessoa mais feliz do mundo? Não faríamos muitas cobranças também à pessoa que
nos ama acima de tudo por ter ela a mesma obrigação? É mais fácil fazer e ser
feliz com alguém que amamos razoavelmente. As obrigações e cobranças são um
tanto quanto mais sutis. Não precisa ser o homem mais rico ou a mulher mais
gostosa do mundo. Basta companhia, respeito e tesão. Tudo se acerta. Até o dia
em que decidirmos entrar no mundo de outras pessoas. Pra sempre só os filhos
que virão. As relações são e precisam ser efêmeras. E se nascemos e morremos
solitariamente, estar sozinho em alguns períodos da vida também é natural. E vamos
combinar que, na maioria das vezes, não é nada mal!
sábado, 26 de março de 2011
terça-feira, 15 de março de 2011
Quem somos nós?
A partir da lenda dos índios caribenhos eu criei a minha
própria. Que não foge em nada a Teoria das Possibilidades. Se os índios não
enxergavam as naus porque seus cérebros não as reconheciam muito provavelmente
vivemos cercados de outros seres e mundos que não podemos ver simplesmente
porque nunca vimos.
Tudo o que conhecemos por naves espaciais e extra-terrestres
é o que vemos em filmes. Formatos e cores que saíram do imaginário de alguém.
Tudo o que sabemos por almas também. Eles podem ter outros tamanhos, outras
figuras, outras formas que nosso cérebro não reconhece, por isso somos
incapazes de enxergá-los. Enquanto isso eles caminham sobre nossas cabeças,
falam com os nossos pés e respiram a nossa pele sem que saibamos, sem que
sentimos, sem que vejamos. E quem sabe nós, seres ditos humanos, também vivamos
por entre esses seres de outros planetas, outros mundos, outras esferas sem
sabermos. Pode ser que nossa cama esteja flutuando em seus rios. Que nossos
cabelos se enrosquem estre seus braços. Que nossos perdigotos atravessem suas
paredes.
E quando um objeto some e reaparece num lugar improvável? E
quando parecemos ouvir alguém nos chamar? E quando nossa pele arrepia sem
nenhum golpe de ar?
Seria um tanto quanto ingênuo aplicar o Antropocentrismo?
Galáxias, planetas, astros. Milhões deles. É possível que em algum outro ponto
do mundo palpável e do mundo não palpável - talvez no mesmo espaço que ocupamos
- alguém esteja cantando num musical, escovando os cabelos da filha antes de
colocá-la pra dormir ou lavando sua maquina de locomoção. Por que não?
O mundo é pra todos! E cada um de nós poderia ser comparado
a um micro grão de areia.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Procura-se.
Eu queria poder olhar na cara dessa Filha da Puta. Dizer pra
ela o quão mentirosa ela é. Mitômana. Porque vir pra mim com essa historia de
que serei acordada por um príncipe encantado, um homem lindo, seguro, fiel, que
sabe andar a cavalo. Ser beijada. Ser amada. Que minha beleza é a mais bela do
mundo. Que todos os meus sonhos serão verdade. Que no fim do arco-iris tem um
pote de ouro. E, obvio, que serei feliz para todo sempre. É muita cara de pau
dessa vaca. Alguém por favor me da o endereço da Carochinha? Quero lhe dizer
umas verdades. Dar-lhe uns tapas na cara e lhe dizer que já estou pelas tampas
com ela. Quero tira-la desse mundo cor-de-rosa que ela mesma inventou. Quero
lhe dizer o quão patética ela é. Se nada disso funcionar. Se ainda assim ela
sorrir na minha cara com brilhos nos olhos e dizer que no fim tudo vai dar
certo eu lhe oferecerei uma macã com antrax. Apresentarei a Mãe Loira para que
se case com seu pai e seja sua madrasta. E como seu Príncipe Encantado lhe
apresentarei a galera que frequenta a Nut.
Vaca!
A quem tiver informações que leve até ela oferece-se como
recompensa a própria Carochinha como saco de pancadas.
Lady Vingança na veia!!!
Assinar:
Postagens (Atom)