segunda-feira, 23 de maio de 2011

Não carregue o mundo sobre os seus ombros.



Se responsabilizar. Se comprometer. Se apropriar das neuroses alheias e dos problemas do mundo. Por que isso me soa tão familiar?

Se aquela paixão não virou namoro, não precisa significar que você não é uma pessoa cheia de predicados. Pode ser que ele se envolveu um pouco e teve medo de se aprofundar. Ou então que ele ainda tem uma história pendente com alguma ex piranha. Afinal todo mundo tem questões. Ou então ele é cego ou burro e não se deu conta do quanto está perdendo. E quem sabe talvez não tenha sido assim porque em breve você vai conhecer outra pessoa. E mais outra. E mais outra. E de repente parar numa outra. Numa que realmente valha a pena!

Uma amiga da época da escola. Amiga das melhores. Um dia some. Simplesmente passa a te ignorar. Durante anos você se pergunta o que fez de errado. O que falou de errado. Aonde agiu errado. E a resposta nunca surge. E você insiste na pergunta. Mais um ano. Mais um. Até que. Eureca! Muito provavelmente é uma questão dela. E só dela. Você já se torturou muito e não há mais como não pensar que isso tudo só pode ser coisa da cabeça dela. Sabe Deus por que. E se ela não externa você nunca vai saber. Não tente entender. Ela que fique lá com os problemas dela porque os seus já são muitos.

A mina te odeia. Morre de ciúmes de você. O namorado dela mal fala com você porque ela quer se jogar pela janela abaixo porque acha que você dá mole pro dito cujo. Você também se questiona. Se policia. Mas tem certeza absoluta de que nada fez que justificasse os ciúmes. Até porque nunca lhe passou pela cabeça aquendar o bofe. E você sabe que ele é louco por ela. Ou seja: a insegurança é dela. E o problema também.

Os 30 já estão próximos. E nada de conseguir ganhar dinheiro. Guardar nem pensar. Poupança. Carro. Casa própria. Nada. Até pra comprar um tênis é difícil. Incompetência sua? Vagabundagem? Anjo. Nós vivemos num país onde 40% do que ganhamos vai pra impostos. Ou seja, 5 meses de trabalho pesado pra entregar a grana integral pro governo. Que por sua vez não nos dá nem mesmo uma saúde pública decente então somos obrigados a pagar um plano de saúde. E por aí vai. A culpa é mais do seu país do que sua. Vai por mim. E por falar em culpa. Taí uma palavra que tem que ser usada com moderação. Muita moderação.

Se você teve um problema e alguém não entendeu nem perdoou sua ausência. Se você foi passional e agiu na emoção. Se você é dessas que chora quando tem vontade de chorar. Se você prefere carne à peixe. Se você gosta de sertanejo. Se você engordou dois quilos. Se você se apaixonou pelo canalha. Se você vomitou no táxi. E alguém não entendeu, o problema não é seu. É da pessoa que não alcançou.

Isso tudo entre outras coisas. Menores ou maiores. Só nos leva à um lugar: dar importância ao que realmente é importante. Se livrar das culpas que nem deveriam existir. Não tente carregar o mundo nas costas. Ele é pesado demais pra nossos pequenos ombros humanos.  

(À todas as Jude´s).


sexta-feira, 20 de maio de 2011

About my Love.


O meu amor é amor demais.
O meu amor vem e nunca mais vai.
O meu amor tem o tamanho do meu amor. O que é bastante.
O meu amor é caro, raro e claro.
O meu amor é tão bonito como tão bonito pode ser um dia azul.
O meu amor não bate na porta. Não recebeu educação.
O meu amor canta, grita e roda na roda gigante.
O meu amor é fagulha, que vira brasa e acontece fogueira.
O meu amor é pretérito do imperfeito. E futuro. Muito futuro.
O meu amor é amor que ama o amor.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Conclusões amorosas geminianas.


E ela desceu do carro preto com seu vestido branco e cruzou o tapete vermelho diante de centenas de olhos admirados. Do céu nem uma só gota. Nem estrela também. Porque os astros decidiram que naquela noite apenas ela brilharia.

Romanticamente, ao assistir meus amigos subirem ao altar, meus pequenos olhinhos brilharam, se encherem de água e eu idealizei o dia que seria o dia mais feliz da minha vida. Quando eu tropeçaria no homem que me faria a pessoa mais feliz do mundo, me levaria pra conhecer o leste europeu e me daria 3 filhos e um casal de Golden Retriever. Me traria café da manhã na cama. Repetiria todos os dias no meu ouvido o quão especial eu sou eu. E faria meu peito explodir cada vez que dissesse que me ama.

Corta para.

Eu. No cinema. Assistindo o filme nacional “Amor?”

São relatos reais - interpretados por atores - de histórias de amor e violência. Fiquei chocada ao perceber a linha tênue que separa o amor do ódio. Que por muito pouco. Em questão de segundos você pode perder o controle. Quase sem querer. Acabar com tudo. Ou ver o seu amado se transtornar em algo que você jamais imaginou que pudesse sair de dentro dele. E também acabar com tudo. E tudo virar nada.

Eu, heim. Nunca mais vou me apaixonar. Digo até que amo, Mas me apaixonar JAMÉ. 

Me economiza, Deus!!