E ela desceu do carro preto com seu vestido branco e cruzou
o tapete vermelho diante de centenas de olhos admirados. Do céu nem uma só
gota. Nem estrela também. Porque os astros decidiram que naquela noite apenas
ela brilharia.
Romanticamente, ao assistir meus amigos subirem ao altar,
meus pequenos olhinhos brilharam, se encherem de água e eu idealizei o dia que
seria o dia mais feliz da minha vida. Quando eu tropeçaria no homem que me
faria a pessoa mais feliz do mundo, me levaria pra conhecer o leste europeu e
me daria 3 filhos e um casal de Golden Retriever. Me traria café da manhã na
cama. Repetiria todos os dias no meu ouvido o quão especial eu sou eu. E faria
meu peito explodir cada vez que dissesse que me ama.
Corta para.
Eu. No cinema. Assistindo o filme nacional “Amor?”
São relatos reais - interpretados por atores - de histórias
de amor e violência. Fiquei chocada ao perceber a linha tênue que separa o amor
do ódio. Que por muito pouco. Em questão de segundos você pode perder o
controle. Quase sem querer. Acabar com tudo. Ou ver o seu amado se transtornar
em algo que você jamais imaginou que pudesse sair de dentro dele. E também acabar
com tudo. E tudo virar nada.
Eu, heim. Nunca mais vou me apaixonar. Digo até que amo, Mas me apaixonar JAMÉ.
Me economiza, Deus!!
continuo preferindo o risco do sim do que o lugar confortável do não. Mas...
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