quarta-feira, 13 de março de 2013

Ode aos infelizes.




Quantos flashes você precisa para sorrir
Quantos homens você precisa para dormir
Quantos olhos você precisa para ouvir
Quantas doses você precisa para sumir
Você jurava que era pra sempre, mas não passou da terceira discussão.
Ele foi embora com outro mais o seu bicho de estimação.
A sua beleza não vale mais uma capa de revista internacional.
Sua bunda um dia já foi preferência nacional.
Suas pernas, sua cintura, sua pele, seus olhos de gato.
Seus ombros, seu queixo, sua voz, um hiato.
Quando pede pra voltar na verdade quer ficar.
Se descobre um recanto vai embora pra outro lugar.
Seu rosto não sente mais o calor do refletor.
Seus cabelos longos, novos loiros, estão perdendo a cor.
Sua língua afia, vadia, amplia o gosto da loucura.
Não se viu, não se sentiu perdendo a postura.
O salto alto decidiu te derrubar na passarela.
Enquanto vozes diziam que aquela não é mais ela.
A dor cessou, anestesiou, mas não compensou.
Sua vida, seu vicio, sua luz, sua beleza, seu brilho, seu respiro, seu sentido, sua paz. Acabou.


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