29 de junho de 2009. Há exatos seis anos atrás eu meti (quase) tudo que tinha num Fiesta Azul 1.0 e me despenquei de Curitiba rumo ao Rio de Janeiro. 900 km. Não conhecia ninguém além do Cristo, não conhecia cristo nenhum além de mim. Caí de pára-quedas no que eu chamei de caos. Literalmente uma estranha no ninho. Episódios marcantes. Como o dia em que tive uma crise de choro no supermercado pois um fulano resolveu me atropelar com o carrinho ao invés de pedir licença. Ficava assustada com as pessoas que conversavam cada uma de um lado da rua, aos berros, mas também descobri que é bom conhecer os vizinhos. Sobrevoava o Rio e parecia que uma criança tinha pego uma caneta e rabiscado muito um papel e o desenho virou a geografia da cidade. Me assustava acordar pela manhá e já ter que encarar o mundo com seus ônibus, táxis, mendigos, ônibus, vendedores ambulantes, táxis, turistas, ônibus, vendedores de apostas do jogo do bicho, táxis, crianças pedindo esmolas, ônibus, multidão, táxis, prédios, ônibus e táxis. Mas pra fugir era meia hora de caminhada e tchanam... praia!!! Sol, mar!!!! Ou então ônibus, com seus motoristas "muito bem treinados". Entrava no ônibus HÂÂ choque térmico. Saía do ônibus HÂÂ choque térmico. Mas tinha a Lapa de sexta à noite, as luzes do Pão de Açúcar, o calçadão todo desenhadinho pra tirar bastante foto que é pra mandar pra mãe.
Céu azul, língua negra, favela, cachoeiras, carros estacionados na calçada, biscoito Globo, corpo estirado no chão, Aterro, praias paradisíacas, poiliciais corruptos, voleizinho na praia, falso sequestro, Circo Voador, bueiros vazando, praias paradisíacas, balas perdidas, pôr-do-sol digno de aplauso, lixo no chão e nas praias, Carnaval, crianças assaltando, Reveillon, morrem inocentes na guerra do tráfico, bronzeado, hospitais públicos decadentes, samba, idosos tropeçando nas calçadas mal conservadas, shows ao ar livre, a gafe da Cidade da Música, Olimpíadas, políticos de braços cruzados, corpos sarados, falta de educação, Posto 9, a cidade alaga por causa de uma chuva de 5 minutos, Pedra da Gávea, péssimo atendimento em restaurantes...
Paixão e medo. Orgulho e vergonha. Dó.
Cidade turística, uma das mais conhecidas do mundo. Pra onde vai toda a grana que os gringos torram aqui? E os impostos? O IPTU mais caro do Brasil? No de quem vai parar toda essa grana???
E a cidade maravilhosa que todos os cariocas batem no peito pra dizer "eu sou da gema" e os cariocas adeptos dizem "eu sou de coração"? Na hora de se levantar da praia cadê a gema e o coração que não recolhem o lixo? Na hora de estacionar o carro cadê também que não faz pensar nas mães com carrinhos de bebê que são obrigadas a andar pela rua porque a calçada virou estacionamento? Ruas alagadas? É o lixo que desconhece a lixeira. Banheiro pra quê se dá pra mijar aqui no cantinho?
O governo já não colabora há muito tempo. A população parece que resolveu entrar na onda.
Por um Rio melhor, mais saudável, mais digno.
Porque bonito por natureza ja é.
Céu azul, língua negra, favela, cachoeiras, carros estacionados na calçada, biscoito Globo, corpo estirado no chão, Aterro, praias paradisíacas, poiliciais corruptos, voleizinho na praia, falso sequestro, Circo Voador, bueiros vazando, praias paradisíacas, balas perdidas, pôr-do-sol digno de aplauso, lixo no chão e nas praias, Carnaval, crianças assaltando, Reveillon, morrem inocentes na guerra do tráfico, bronzeado, hospitais públicos decadentes, samba, idosos tropeçando nas calçadas mal conservadas, shows ao ar livre, a gafe da Cidade da Música, Olimpíadas, políticos de braços cruzados, corpos sarados, falta de educação, Posto 9, a cidade alaga por causa de uma chuva de 5 minutos, Pedra da Gávea, péssimo atendimento em restaurantes...
Paixão e medo. Orgulho e vergonha. Dó.
Cidade turística, uma das mais conhecidas do mundo. Pra onde vai toda a grana que os gringos torram aqui? E os impostos? O IPTU mais caro do Brasil? No de quem vai parar toda essa grana???
E a cidade maravilhosa que todos os cariocas batem no peito pra dizer "eu sou da gema" e os cariocas adeptos dizem "eu sou de coração"? Na hora de se levantar da praia cadê a gema e o coração que não recolhem o lixo? Na hora de estacionar o carro cadê também que não faz pensar nas mães com carrinhos de bebê que são obrigadas a andar pela rua porque a calçada virou estacionamento? Ruas alagadas? É o lixo que desconhece a lixeira. Banheiro pra quê se dá pra mijar aqui no cantinho?
O governo já não colabora há muito tempo. A população parece que resolveu entrar na onda.
Por um Rio melhor, mais saudável, mais digno.
Porque bonito por natureza ja é.
Ass: Pasquali
Concordo contigo.
ResponderExcluirMas, como um Rio melhor vai ser difícil, volta pra Curita!!!!
Aqui até transporte público funciona!!! rsrs
Te amo, preta.
Tem razão.
ResponderExcluirSó isso que eu consigo dizer.
Mas é até engraçado ver os comentários de pessoas que vieram morar aqui e como algumas coisas passam batido das nossas vistas.
Tem coisas do mal que são quase culturais.
Mas ó...
(batidinhas no peito)
Sou de coração!
Isso só me abre o apetite de conhecer a tal cidade maravilhosa... hehehe.
ResponderExcluirSaudade de ti Pasquali!!!
Cândido.
Vc sintetizou muitíssimo bem em suas palavras o que é o Rio. E só tem seis de Rio...eu já tenho 30!
ResponderExcluirOi tudo bem?
ResponderExcluirdesculpa a total invasão por aqui, mas li seu primeiro post e confesso ter lido todos os outros. Você escreve muito bem. Parabéns, talvez eu me encontre cheio de dúvidas como (quando) você fala sobre você mesma.
Marcelo Pagnoncelli
oi Marcelo, fica super a vontade pra invadir.
ResponderExcluircomo boa geminiana vou sempre falar de mim e como boa geminiana nem sempre vou declarar isso! rs.
É gata, lá se vão 6 anos. Que voce decidiu que seguiria sua vida em outra cidade, outros costumes, mas, nada se compara a nossa querida e bela Curitiba, não é mesmo? Cidade maravilhosa, limpa, projetada, motoristas que "respeitam" seus lugares.
ResponderExcluirMas é assim, voce decidiu e ficou nesta cidade que eu também gosto muito de ir pra ficar.
Siga sempre em frente e enfrente os obstáculos da vida. Te amo preta.