A semana rendeu e eu só queria compartilhar as coisas e momentos incríveis que vi e vivi nesses últimos dias.
Quinta-feira fui à cerimônia de abertura do Festival de Cinema do Rio, com convites gentilmente cedidos por Norma. Depois da disputa por se conseguir um lugar pra sentar e da apresentação feita por Christiane Torloni e Tony Ramos, com direito a discursos do prefeito e homenagens, assistimos ao filme Aconteceu em Woodstock, do Ang Lee. Foda! Muito engraçado e sensível. Destaque para a atriz Imelda Staunton.
Depois vem a festinha, claro. Arregada a comidinhas, bebidinhas e pessoas interessantes. Melhor impossível.
Sexta-feira foi dia de ver o show de Marisa Orth, intitulado de Romance-volume 2, no Teatro Rival. Genial. Se eu já era fã dessa mulher fiquei ainda mais. Ela consegue ser sexy e engraçada, debochada e inteligente, tudo ao mesmo tempo. É de uma versatilidade incrível, uma segurança indescritível. Isso sem falar na criatividade e espontaneidade. Coloca os novos atores-comediantes-stand up comedy no chinelo. Ela cantou músicas de romance (e como canta!) , contou história pessoais sobre o tema. Eu mesma me identifiquei em vários momentos. Um prazer enorme trabalhar ao lado dessa figura querida!
Depois foi a vez de conferir a peça O Interrogatório, que fez maratona, com 24 horas ininterruptas de apresentação no Teatro Laura Alvim. A peça durava cerca de 5 horas, que foi sendo repetida pra completar um dia todo, se tratava de um interrogatório para julgamento de nazitas depois da Segunda Guerra.. Eram vários atos de 40 minutos, onde existiam pequenos intervalos de 3 minutos pra que a platéia entrasse ou saísse. Era possível ver o tempo que desejasse. Apesar de estar adorando só pude assistir a dois atos. Três amigos meus faziam parte do elenco. Achei divino! A arte tá mesmo precisando de idéias novas e pessoas corajosas. E eu adoro essas coisas loucas!
Sábado. Destino: Citibank Hall. Show: Daniel. Sim, ele mesmo, cantor sertanejo. Estou longe de ser fã. Música sertaneja pra mim só as antigas, que eu ouvia quando pequena enquanto viajava pro interior do Paraná ou pra Sampa com meus pais. Mas o cara é foda! Muito emocionado ele fez um show que durou mais de duas horas com casa lotada. Depois do show vale a passada no camarim. Lá ele me ganhou de vez. Super carinhoso, deu atenção pra todo mundo. Visivelmente muito feliz, fez festa, bagunça e cantou mais algumas canções ali só pros amigos. Inclusive uma versão engraçadíssima da música de abertura da novela, que não cabe contar aqui. Rs. Uma pessoa muito sincera, uma pessoa de coração.Ganhou mais uma fã.
Domingo, dia de ver a estréia do filme Morgue Story, da companhia Vigor Mortis de Curitiba, no cinema do Centro Cultural Justiça Federal. Único. Alguém tem que fazer bom cinema no Brasil que não seja os mesmos documentais de sempre, falando sobre favelas e cadeias. E por que não contar histórias trashs? Palmas pra Paulo Biscaia, roteirista e diretor. Pela batalha e pela coragem de fazer algo novo. Guardem esse nome. E a melhor parte foi encontrar muita gente boa de Curitiba, matar as saudades. Me senti em casa!
E o que é melhor disso tudo: não gastei um centavo!!! Viaipi. Delícia.
E como diz Lelo: "A gente mora onde as pessoas passam as férias!"
E que venham mais finais de semana maravilhosos como esse!