segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Programação Cultural.

A semana rendeu e eu só queria compartilhar as coisas e momentos incríveis que vi e vivi nesses últimos dias.


Quinta-feira fui à cerimônia de abertura do Festival de Cinema do Rio, com convites gentilmente cedidos por Norma. Depois da disputa por se conseguir um lugar pra sentar e da apresentação feita por Christiane Torloni e Tony Ramos, com direito a discursos do prefeito e homenagens, assistimos ao filme Aconteceu em Woodstock, do Ang Lee. Foda! Muito engraçado e sensível. Destaque para a atriz Imelda Staunton.

Depois vem a festinha, claro. Arregada a comidinhas, bebidinhas e pessoas interessantes. Melhor impossível.



Sexta-feira foi dia de ver o show de Marisa Orth, intitulado de Romance-volume 2, no Teatro Rival. Genial. Se eu já era fã dessa mulher fiquei ainda mais. Ela consegue ser sexy e engraçada, debochada e inteligente, tudo ao mesmo tempo. É de uma versatilidade incrível, uma segurança indescritível. Isso sem falar na criatividade e espontaneidade. Coloca os novos atores-comediantes-stand up comedy  no chinelo. Ela cantou músicas de romance (e como canta!) , contou história pessoais sobre o tema. Eu mesma me identifiquei em vários momentos. Um prazer enorme trabalhar ao lado dessa figura querida!

Depois foi a vez de conferir a peça O Interrogatório, que fez maratona, com 24 horas ininterruptas de apresentação no Teatro Laura Alvim. A peça durava cerca de 5 horas, que foi sendo repetida pra completar um dia todo, se tratava de um interrogatório para julgamento de nazitas depois da Segunda Guerra.. Eram vários atos de 40 minutos, onde existiam pequenos intervalos de 3 minutos pra que a platéia entrasse ou saísse. Era possível ver o tempo que desejasse. Apesar de estar adorando só pude assistir a dois atos.  Três amigos meus faziam parte do elenco. Achei divino! A arte tá mesmo precisando de idéias novas e pessoas corajosas. E eu adoro essas coisas loucas!


Sábado. Destino: Citibank Hall. Show: Daniel. Sim, ele mesmo, cantor sertanejo. Estou longe de ser fã. Música sertaneja pra mim só as antigas, que eu ouvia quando pequena enquanto viajava pro interior do Paraná ou pra Sampa com meus pais. Mas o cara é foda! Muito emocionado ele fez um show que durou mais de duas horas com casa lotada. Depois do show vale a passada no camarim. Lá ele me ganhou de vez. Super carinhoso, deu atenção pra todo mundo. Visivelmente muito feliz, fez festa, bagunça e cantou mais algumas canções ali só pros amigos. Inclusive uma versão engraçadíssima da música de abertura da novela, que não cabe contar aqui. Rs. Uma pessoa muito sincera, uma pessoa de coração.Ganhou mais uma fã.

Domingo, dia de ver a estréia do filme Morgue Story, da companhia Vigor Mortis de Curitiba, no cinema do Centro Cultural Justiça Federal. Único. Alguém tem que fazer bom cinema no Brasil que não seja os mesmos documentais de sempre, falando sobre favelas e cadeias. E por que não contar histórias trashs? Palmas pra Paulo Biscaia, roteirista e diretor. Pela batalha e pela coragem de fazer algo novo. Guardem esse nome. E a melhor parte foi encontrar muita gente boa de Curitiba, matar as saudades. Me senti em casa!

E o que é melhor disso tudo: não gastei um centavo!!! Viaipi. Delícia.

E como diz Lelo: "A gente mora onde as pessoas passam as férias!"

E que venham mais finais de semana maravilhosos como esse!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

As coisas mudam.



(...)

Engraçado isso. Quem foi o estúpido que disse a tal calúnia: A PRIMEIRA IMPRESSAO É A QUE FICA?????????????????? Ele já foi preso? Mas pelo menos recebeu uma advertência?
Mentira!
Calúnia!
Susan Boyle ta ai pra provar isso.
O quiabo ta aí pra provar isso. Quer coisa mais gosmenta do que aquilo? Mas experimenta com frango pra ver.
Minhas melhores amizades nasceram justamente com aquelas pessoas pelo qual eu não tinha afeto algum. Eu olhava pra pessoa, mirava em algum defeito e ali ficava. Instalada entre o defeito da pessoa e o meu pré-conceito. Não menos do que dias depois aquela “desadmiração” toda cai como que por encanto. Então eu descubro alguém nem melhor nem pior que eu. Apenas uma companhia incrível. Então eu também me redescubro uma boa companhia.
Confesso que da primeira vez eu não gostei daquele peixinho cru e gelado. Hoje eu simplesmente sou apaixonada. Tudo bem, por um jantar no japonês nem precisa ser tão amigo assim.
O lustre azul, século retrasado da minha sala, eu quis me pendurar e arrancar na primeira vez que vi, tamanho o susto! Mas hoje até que gosto. Todo mundo adora aquele lustre, deve mesmo ser bonito! 
Também tive receios quanto ao açaí. Hoje em dia, na ressaca, é o melhor remédio. Acho que tenho tomado açaís demais...
O Código Da Vinci por exemplo, todo mundo lia e eu achava q era perda de tempo, especulações, viagem de ácido, sei lá. Fui a última das criaturas a ler. Genial!   
Frida Kahlo??? Não, essa não tem jeito mesmo!!! Não consigo gostar! E olha que eu já tentei!
Chocolate? Na verdade desse eu gosto desde que nasci, desde que encarnei nesse corpo.
Leite em pó??? É uma longa história. Comia tanto que um dia passei mal. Leite por cima, leite por baixo. Depois disso só o liquido mesmo! E com chocolate!
Nada é tão seguro que não possa se tornar efêmero. Afe! Daonde saiu essa frase?
Garçom... Traz mais uma.
Ic.


(...)


Eu, por exemplo, nunca acreditei nesse negócio do homem pisar na Lua. Só porque a tal cadela Laika e depois um astronauta Russo deram uma sobrevoada no espaço, os Estados Unidos fizeram o que? Inventaram essa história. Simples. O filme? Digno de Oscar. Como assim, “como assim”? Amigo... Se em 1969 os caras pisaram na Lua e ainda transmitiram ao vivo, falaram com o presidente por telefone e o caralho hoje a Xuxa já teria um terreno na Lua. As pegadas, presta atenção, tudo fake. Era a guerra fria, queria o quê?!
Pergunta pra eles quem é o pai da Aviação, eles renegam o Santos Dumont, coitadinho. Os estadunidenses querem conquistar o mundo. Conspiração. Por isso que agora eu tenho uma sacola retornável pra ir no mercado. Parei com essa coisa de ficar levando sacolinhas pra casa. Mania que caixa de supermercado tem de colocar uma sacolinha dentro da outra, aí você vai pra casa com dois pães, um iogurte e 17 sacolinhas! Vamos reciclar!
Taxista. Posso levar o cone? To fazendo coleção.
Ic.


(...)


E a inflação?
Eu me lembro da época em que a passagem no ônibus custava 45 centavos. Minha mãe me dava 1 real pra ir a escola. Ia, voltava e ainda comprava três 7Belo’s por 10 centavos. Você sabe quanto custa uma Méquioferta na Itália? 3 euros e pouquinho. Mas não faz os cálculos pra converter pra Real porque quem mora lá ganha em Euro. E as crianças lá, com menos de três anos de idade já falam italiano!!! Não é incrível?! A Colcci? Gente, a Colcci vendia moleton e camiseta. Eu mesma tinha vários moletons pra enfrentar o inverno “polar-ártico-glacial-antártico-russo” de Curitiba. Agora custa o olho da cara uma regatinha básica branca.  E a Havaianas! Era chinela de pedreiro. Azul com branco ou preto com branco? O homem por exemplo, já foi macaco! A borboleta já foi lagarta. O Renato Aragão já foi um puta comediante! Eu mesma era uma adolescente horrorosa! Usava óculos tamanho G, aparelho fixo nos dentes, freio de burro e franja. Sim, porque eu não entendia que em cabelo cacheado não da pra ter franja. E hoje até que não sou de se jogar fora, né?! Causo uns estraguinhos por aí. HSBC já foi Bamerindus. O tempo passa, o tempo voa...
As coisas mudam. Por isso que eu sempre digo: Nada é tão seguro que não possa se tornar efêmero. Adoro essa frase!
Amiga?! Dormiu?!?!
Rrrrr.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ás vezes é preciso varrer o teto.




Minta pra mim
Me diga que eu sou igual as outras
E que sem mim é mais divertido
Troque meu nome, não me reconheça
Não conte comigo, não seja meu amigo

Minta pra mim
Me diga que você nunca gostou do meu gosto
E que meu gozo não lhe tira o ar nem assim
Que não gosta quando pego no seu cabelo
Que nossas músicas não foram feitas pra mim


Minta pra mim
Me diga que você não ouviu nada do que eu falei
Que o livro que te dei você jogou fora
Me diga que eu não sou a mulher perfeita
Que se eu fosse você estaria comigo agora

Minta pra mim
Me diga que seus amigos me odeiam
E que você não nunca gostou da minha comida
Que sua família não me suporta
Que eu nunca fui a mulher da sua vida

Minta pra mim
Diga que as brigas eram sempre sinceras
E que você não quis me abraçar quando tive pesadelo
Me diga que conversar comigo não tem graça
E que você odeia meu cabelo

Minta pra mim
Me diga que sua cidade agora é minha
Que pra sempre andarei por ela e não te verei mais
Diga que você nunca me amou
Nem hoje, nem ontem, nem há tempos atrás

Diga que eu estrago, não valho, migalho
Me diga que você não me acha foda
Não gosta da minha roupa e nem sente minha falta
Me diga que meu melhor pra você é pouco
Diga que meu beijo é ruim
Diga que me odeia se preciso for
Faça qualquer coisa, mas minta pra mim


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

SOMEWHERE ONLY I KNOW.


Meus olhos já viram muitos lugares, pessoas, tempos, mares, cores.


Já vi a Ilha do Mel dentro daquela magia que eu chamo de "universo paralelo".
Vi cidades lá de cima do avião, hora com suas geografias confusas e assustadoras, horas com a sensação de que alguém desenhou a cidade com régua.
Vi a neve.
Vi a festa de Reveillon mais famosa do Brasil. Algumas vezes.
Vi a Catedral Duomo e a Galeria de Uffizi em Florença, com suas arquiteturas fenomenais e únicas.
Vi os moinhos a caminho de Toledo, que, supostamente, inspiraram Cervantes a escrever o capítulo da luta de Dom Quixote contra os "gigantes".
Vi Porto com seu ar de Transilvânia, com igrejas, morcegos e vinhos, muitos vinhos.
Vi castelos, paisagens bucólicas, museus, obras de arte.
Vi Picasso. Boticceli. Miró.  
Vi as intermináveis plantações de café no interior do Paraná. 
Já vi espíritos.
Vi a cidade de cima de uma roda-gigante.
Vi a Avenida Paulista e sua ausência de fios elétricos. 
Vi uma estrela cadente em Floripa.





E hoje eu fui até lá!!!


(...)


Parece um sonho ver o mundo lá de cima. Me senti mais ou menos como Deus, vendo tudo tão pequeno lá embaixo e tudo tão azul lá em cima.
É bom poder chorar e ser confortada ao invés de recriminada.
Por um começo de tarde eu me esqueci.


Esqueci que minha família tá longe e da saudade que eu sinto.
Esqueci que não estou vendo meu sobrinho crescer e que talvez ele nem lembre muita coisa de mim.
Esqueci que mês que vem meu contrato acaba e eu estarei desempregada.
Esqueci que há meses tento comprar uma bike e nunca sobra dinheiro.
Esqueci que mais uma vez vou cozinhar só pra mim.
Esqueci que meu dinheiro nunca é suficiente pro mês.
Esqueci que a casa tá imunda e que eu tenho que encarar uma faxina.
Esqueci que não posso mais acender um cigarro.
Esqueci que tenho muitos assuntos inacabados.
Esqueci que não vejo possibilidades de comprar um carro ou ter um filho pelos próximos anos.
Esqueci da dor de gostar de alguém.
Esqueci que minha profissão é uma luta diária e que às vezes não tenho mais de onde tirar forças.
Esqueci que há muito tempo eu não sei o que é ir ao shopingg e fazer compras.
Esqueci que meu pai tem outra família.
Esqueci que eu sou de gêmeos.
Esqueci que minha cama parece cada vez maior.
Esqueci que sinto uma enorme falta de ter um cachorro.
Esqueci que nunca pude dar um presente bacana pros meus irmãos.
Esqueci que nunca dei uma jóia pra minha mãe com uma pedra da cor dos seus olhos.
Esqueci que ultimamente tenho me sentido um "siri na lata".
Esqueci que mais um ano tá acabando e eu ainda não ocupei o meu lugar.
Esqueci da solidão.
Esqueci que Deus se esqueceu de mim.




Me deu uma vontade louca de, uma vez por todas, realizar um sonho antigo: colocar uma mochila nas costas e sair vagando pelo mundo. Sem rumo. Pegando carona. Conhecendo gente. Lugares. Sem conta de telefone pra pagar. Sem tarefas chatas do dia-a-dia. Tomar um banho de mar no Índico. Falar outras línguas. E guardar meu mundo numa mochila.
O que me impede? Já moro longe das pessoas que amo. E numa dessas caminhadas, quem sabe a gente não se encontra?
Minha alma pede liberdade! Não quero mais ser escrava de meus próprios ideais.


Quero ser a próxima protagonista de "Na Natureza Selvagem". Mas sem abrir mão do Eddie Vedder. Porque toda boa história precisa de uma boa trilha sonora.





quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Tiete!!!!



" UHUHUHUHUHUHUHUHUHU BABEEEEE... EU ONTINTIVE UM SONHUUUU, SONHAVA QUE VOCÊÊÊ..."

Ah, não é essa!!!



"VOCÊ NASCEU PRA MIM, EU NASCI PRA VOCÊ, ETERNO AMOR, É SEMPRE ASSIM..."

Putz, foi mal!



"MEXE A CADEIRA, AGORA BEM NA MINHA CARA..."

Hum, também nao é!



"Ô MIIIIIIIILAAAAAA MIL E UMA NOITES DE AMOR COM VOCÊ..."

Ah, desisto!






P.S.: Meu Eu-Etílico "dança como se não houvesse amanhã". FDP. E as bolhas no pé? Sobram pra quem?

domingo, 13 de setembro de 2009

Sair desse lugar!



Como se termina um relacionamento? Como se cortam os laços? Como se despede de alguém que é você mesmo só que do avesso? Como se quebra, como se fecha um ciclo? Como não ver mais alguém que participa efetivamente da sua vida?
...
Tudo bem, deve ser mais ou menos como parar de fumar. No começo você se sente nua, sai de casa com a sensação de que esqueceu de colocar as calças, mas depois acostuma. Assim espero.
...
Tu tu tu tu tu tu...
...
Mais uma vez o telefone ficou sem linha esperando o número ser digitado. E do outro lado da linha, onde ele deveria tocar, a outra pessoa talvez sequer lembre que ainda tem seu número na agenda. E será mesmo que ainda tem? Quanto tempo leva pra sermos esquecidos? Quanto tempo leva para nos tornarmos mais um na multidão?
...
Hoje vou citar algumas tantas pessoas, pra que esse assunto seja visto como universal. Porque quando dói na gente, a gente pensa que não dói assim em mais ninguém. Mas, "sentir dor, dói", já dizia meu amigo Andy Gercker num vídeo lindo que vi dele outro dia em seu blog. Então não sejamos egoístas, embora a nossa dor seja do tamanho de uma jamanta, dói em todo mundo. E “todo mundo é muito parecido quando sente dor”. Essa eu não sei de quem é.
...
Outro dia uma amiga (porque alguns nomes tem que ser preservados) que é loucamente apaixonada pelo seu “Tananan”, como ela mesma diz pra não dizer namorado, discutiu com o dito cujo e resolveu pegar uma balada em plena segunda-feira. Me ligou e disse: to passando aí de táxi. Ok! Lá vamos nós. Bebemos, dançamos, encontramos velhos conhecidos em comum, conhecemos outros tantos, um perrenguinho aqui uma lua cheia ali, curtimos nossa noite e quando voltávamos juntas de táxi ela me solta a seguinte pérola: “Ai, senti falta daquele puto! Eu não entendo, antes era tão fácil terminar, eu dizia tchau e pronto! Por que que com ele eu não consigo?” Éééééé amiga. Sempre chega a hora em que é difícil dizer tchau, porque não é isso que nosso coração, nosso corpo e nossa alma desejam, embora, às vezes, nosso orgulho seja muito maior do que tudo isso. E isso não tem nada a ver com “Quando se é jovem, é só terminar e pronto. Parte pra outra... Mas quando você fica mais velho, você tem mais ligações ... Mais intimidades” como me disse outro dia um ex-amor recente. Desde quando isso tem a ver com idade? Isso não tem nada a ver com idade, geografia ou tempo. Você enche o peito pra dizer que não gosta mais e está colocando um ponto final, mas, no fundo (e nem tão no fundo assim) não tem a menor certeza do que está fazendo. E dar um pé na bunda não é menos pior do que receber. Você leva pro resto da vida a responsabilidade pelo fim. Porque “Sexo bom é fácil de achar. O problema é achar sexo bom + papo bom + afinidades + química + encaixe + carinho + amizade + cumplicidade + companheirismo + apoio profissional + aceitação + boa convivência + diversão + admiração mútua”. Essa matemática horrorosa é minha mesmo! “Os outros são os outros”, me enfiou isso na cabeça o Leoni! É realmente muito difícil admitir que você não consegue mais viver sem tal pessoa. Por mais doloroso que seja, ainda é mais simples matar o amor pra no final provar pra você mesmo que você pode viver sozinho. E pode. É uma opção. E você diz que nunca mais. Nunca mais amor. Nunca mais envolvimento. Mas Caio Fernando Abreu é mais sincero: "Não meu bem, não adianta bancar o distante, lá vem o amor nos dilacerar de novo!" E como dilacera esta merda! As ressacas que o digam.
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Segundo Nelson “A fidelidade deveria ser facultativa”. E deveria mesmo. A fidelidade por opção é muito melhor do que a por obrigação de. A mesma boca, o mesmo sexo, o mesmo cheiro, o mesmo abraço. É bom, gente! Quem disse que não? Afinal, “O bom amor me diverte!” já dizia Elísio, o boêmio. E loucuras de amor existem e estão aí pra serem loucas mesmo porque o amor e a razão não se entendem sexualmente, não tem uma boa convivência e, definitivamente, não foram feitos um pro outro. E, como me disse ainda outro dia num breve papo virtual um antigo e passado amor “ ‘Louco’ pode ser um estado de espírito e ninguém está livre disso.”
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Mas o universo às vezes tem mania de nos provar que estávamos errados, só pra nos jogar na cara o quão pequenos somos em relação a ele. Então ele dá voltas e voltas e mais voltas. “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”. Me irrita concluir que Vinícius estava sempre certo, em tudo o que dizia. Às vezes eu tenho medo de chegar aos 40 ainda chorando como uma adolescente por mais um amor que não deu certo, assim como tenho medo de que meu coração vire uma pedra. Acho que estou mais próxima da segunda opção. Há muito pouco tempo atrás era muito diferente, era mais fácil acreditar. Hoje eu acho que acabei também banalizando a coisa. Mas não sei bem se é o indivíduo quem faz a circunstância ou se é a circunstância que faz o indivíduo. Faço disso meu consolo.
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Mas beleza, "Aí eu me afogo num copo de cerveja, que nela esteja minha solução", como diz o SPC.
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Beijomeligaemelevaprajantar.
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P.S. I: Acabou de tocar na rádio o que o locutor chamou de “a nova do Lulu”. Particularmente, a nova do Lulu mais parece a velha do Lulu.
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P.S. II: Infelizmente não pude assistir ao show doBeirut no Rio, apesar de ter pentelhado meia dúzia de gente e de ter colocado um ‘responsável’ para conseguir um ingresso na porta do teatro. Mas um conhecido meu foi ao show, e, ao perguntar-lhe como foi ele me responde: “Bacana. Normal” POR-RA!!! Bacana???????? Normal????????? Isso lá é opinião que se dê de um show do Beirut???????????? Oras...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Uma golfada de realidade!

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Eu tinha acabado de entrar na adolescência. Minha irmã mais nova era uma criança linda de cabelos cacheados que trocava as consoantes das palavras. Meu irmão mais velho era mal-humorado e a diversão era torrar sua paciência. Nós três no banco de trás do último carro que meu pai tinha comprado. No carona na frente ia minha mãe, carregando uma sacola de guloseimas pra gente. Na direção ia meu pai, com aquele seu tique de dar pequenos balanços com a cabeça. No antigo toca-fitas algo como Chitãozinho e Chororó. Viajávamos aos feriados e alguns fins de semana pra casa de praia, no litoral paranaense. A empresa de meu pai prosperava. Ele resolvera investir em outdoors. Na saída de Curitiba em direção ao litoral havia um outdoor, com um R bem grande e colorido que é a logo da empresa. Sempre que passávamos lá meu pai diminuía a velocidade e a gente fazia festa pra ver o outdoor. Sempre. Sempre que passávamos por lá. Parecia um comercial de margarina. Uma bela manhã de sol, novamente pegávamos o caminho da roça. Ou melhor, da praia. Passamos pelo local e... Cadê o outdoor??? Nem sombra dele. Estranho. Continuamos nosso caminho, um pouco desolados. Alguns metros a frente, quando passávamos por uma pequena invasão/favela eu avistei, e no meu grito "O outdoor!!!" Todos olharam ao mesmo tempo pro lado direito da estrada. O outdoor servia como uma das paredes de um barraco. Senti enjôo. Vontade de chorar, mas não podia, eu já não era mais assim tão criança. Era possível morar dentro de um outdoor? Ninguém nunca tinha me dito isso. A realidade gritava em meus ouvidos em alto e bom som: "SEJA BEM-VINDA!" Depois desse dia, sempre que íamos a praia eu tentava fechar os olhos ou me distrair com nossa brincadeira de ler palavras de trás pra frente pro outro tentar adivinhar qual era, mas eu nunca resisti de olhar pra pobre casinha que tinha um R deitado como parede.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Meu bem, meu zen, meu mal.

Ele vem de mansinho. Devargarzinho. Como quem não quer nada. E sem que você perceba ele se instala na sua vida, na sua rotina.
Você não se vê mais sem ele. O leva pra todos os lugares. Nas noitadas é a melhor companhia. Nas noites de domingo com chuva, você também não abre mão. Quer porque quer a presença dele. Tudo bem, nem precisa bater o pé, ele aceita a condição!
Ele é viciante. Não tem explicação. Quando ele não está você rói as unhas, fica tensa. Mas às vezes ele vem com tudo. Numa só noite toma conta de você toda. Carimba no seu corpo todo seu cheiro. É inebriante. No dia seguinte pela manhã, ainda com o cheiro dele pelo corpo e pela casa, você se arrepende. Deveria ter resistido, poderia ter sido mais forte. Mas eu não vivo sem ele. Ele sim, ele vive sem mim!
Eu o odeio. Eu o amo.
Você sofre, mas logo passa. E de novo ele está lá, lhe fazendo companhia.
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Cigarro é mesmo uma M.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

É o ídolo!!!!


À frente do programa Ídolos, ele é o melhor apresentador da atualidade!

Ele faz piada, brinca, é versátil, criativo, carinhoso e tem o maior carisma do Brasil. Isso sem falar na beleza. Indiscutível.

E o que é melhor: ele tem a verdade. Faz tudo com verdade. É sincero em cada uma das suas facetas.

Admiro pessoas assim.

Se eu fosse Patrícia Kogut daria logo nota 1.000.

(vou tomar um banho pra, daqui a pouco, ver Ídolos. rs)