O maior problema dos geminianos é aceitar que o resto do mundo não pensa como nós...
sexta-feira, 28 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Não quero mais o menos.
Não quero menos
Quero de igual pra mais
Não quero mais
Te ver sorrindo nas meninas
Dos meus olhos
Dos meus poros
Sair o cheiro seu que é meu
Minha alma que descola da carne
E vai buscar a sua
E eu nua
Nunca
Diga que não daria errado
Ao meu lado
Você estaria mais feliz
Por um triz
Não subimos ao altar
Te amar
É um colorido cata-vento
No tempo
Voltar pra sermos nós
Sem os nós
Que te soltaram de mim
E por fim
Não olhar mais pra trás
Não quero mais
Porque não quero menos.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Ano de Copa. Ano histórico.
Ano de Copa do Mundo sempre foi pra mim, anos muito decisivos. Sabe
Deus porque. Mas foram todos muito intensos, onde coisas muito
importantes aconteceram na minha vida.
Tudo começou no ano de 1982. Ano de Copa do Mundo. Ano do meu
nascimento. Só com uma gravidez já avançada é que minha mãe descobriu
minha existência. E às 17:00h do dia 24 de maio eu vim ao mundo através
de uma cesariana.
A primeira Copa do Mundo que eu assisti foi a de 1994, já
com 12 anos de idade. Eu, minha irmã menor, meu irmão mais velho e
nossos pais compramos bandeiras, camisetas e cornetas e nos juntamos ao
resto da família pra assistir aos jogos. Eu pintava o rosto de verde e
amarelo e, mesmo sem entender patavinas de futebol, eu xingava o juíz,
vibrava e gritava gol até perder o fôlego. A primeira Copa que eu
assisti o Brasil foi Tetracampeão. E até hoje eu me lembro da minha
alegria ao ver o técnico Parreira, que, diga-se de passagem, eu já o
achava a cara do meu pai, dando cambalhotas no gramado do estádio. A
primeira concepção de futebol pra mim foi a de vitória. Orgulho. Eu
ganhei um herói que era a cara do meu pai. E minha felicidade não podia
ser maior porque eu via como as pessoas podiam ser próximas numa época
como aquela. Todos saíam do trabalho mais cedo e todos nos econtrávamos
na casa de uma tia, da avó, ou então todos vinham à nossa casa. Minha
família nunca esteve tão próxima. Era como se tivéssemos uma festa de
Natal toda semana. Eu queria que aquilo nunca acabasse.
Na
Copa seguinte, em 1998, minha família já dava indícios de que não seria
uma família pra sempre. Foi no início desse ano que eu descobri o sexo,
o amor na sua completude. E também foi no final desse ano que eu
descobri a dor maior que uma romântica criatura pode sentir: o fim de um
relacionamento, sem o fim do amor. Meu namorado, meu primeiro amor de
fato, a primeira pessoa com quem um dia eu sonhei em me casar e ter
filhos, resolveu correr atrás dos seus objetivos e se mudou pro
hemisfério norte. Me deixou chorando e escrevendo cartas durante meses.
2002,
ano do Penta. Ano também em que meus pais se separaram. Ano esse,
aliás, de muita porrada na cabeça. Eu brigava comigo mesma pra
sobreviver à uma grande desilusão amorosa. Eu assisti ao jogo da final,
que aconteceu num domingo de manhã, com duas amigas no apartamento para o
qual eu tinha acabado de me mudar com minha mãe e meus irmãos. Nesse
dia, num bar depois do jogo, pela primeira vez eu troquei olhares com um
rapaz muito interessante. No ano seguinte ele se tornou meu marido.
Em
2006, já morando no Rio, eu ganhei de presente de aniversário de uma
grande amiga um Mapa Astral. Ela marcou com a astróloga pro mesmo dia do
primeiro jogo do Brasil na Copa. Eu escutava, ao mesmo tempo, aquela
senhora me dizendo coisas impressionantes sobre mim e os fogos de
artifício que anunciavam a proximidade do início do jogo. Eu já vinha
tentando tomar uma decisão, mas me faltava coragem. Mas eu ouvi dessa
mulher uma frase que me fez tirar a aliança e deixá-la em cima da mesa
da minha sala depois do jogo, antes de sair pra trabalhar no Pub. Foi o
fim do meu casamento. E também foi no final desse mesmo ano que eu
conheci, na festa de aniversário de uma amiga, quem, meses depois eu
chamei de "pedaço de mim", por nunca ter conhecido alguém que me
completasse tanto em todos os sentidos. Mas na prática foi bem
diferente.
Ano de 2010. Ano de Copa do Mundo. Ano do meu retorno de Saturno.
Solteira. Galgando degraus profissionais. Com meio ano ainda pela
frente. Dentre tudo o que já me acontece até aqui, desde primeiro de
janeiro, o que será que ainda me aguarda?
Eu e "Parreira", ano 1982.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Traduzindo músicas do português pro literal - parte III
Engraçado isso. Depois de um tempo
eu me tornei inacessível. Depois de algumas histórias eu me tornei
inalcansável. Hoje sou incapaz de me doar. E nem é por opção. É quase
automático. Mas quando você se sente protegida por esse muro, vem alguém
e te desvenda. Te deixa nu.
Que
bom que, apesar das pessoas intransponíveis, existem as pessoas
sensíveis. Eu também já fui assim.
"O QUE É BONITO" (Lenine)
(tradução de Dunley para Pasquali)
O que é bonito
É o que persegue o infinito
É bonito quem acredita no amor
É o que persegue o infinito
É bonito quem acredita no amor
Mas eu não sou
Eu não sou, não...
Porém eu não acredito
Eu gosto é do inacabado
O imperfeito, o estragado que dançou
O que dançou...
Eu gosto de quem provavelmente não vai gostar de mim de volta
Eu quero mais erosão
Menos granito
Quero uma aventura
Namorar o zero e o não
Viver sem compromisso
Escrever tudo o que desprezo
E desprezar tudo o que acredito
Literalmente escrever tudo o que desprezo ou adotar um estilo de vida que não me serve como luva e desprezar o que lá no fundo acredito ser bom pra mim
Eu não quero a gravação, não
Eu quero o grito
Eu não quero seguir nenhum modelo, quero ser livre
Que a gente vai, a gente vai
E fica a obra
Eu faço o que tenho vontade, mas a consciência me cobra
Mas eu persigo o que falta
Não o que sobra
Eu quero o que ninguém tem, não o que todo mundo acha que quer ter
Eu quero tudo
Que dá e passa
Quero tudo que se despe
Se despede e despedaça
Eu quero uma paixão avassaladora que quando passa acaba comigo
ohhh... ihhh... ohhh...
Mas no fundo eu choro
O que é bonito...
Sinto falta de um amor
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor???
Desde sempre existe esse comparativo da
vida sexual masculina e feminina.
A mulher tem que ser galanteada e
conquistada e cabe ao homem esse papel. O homem é atraído muito pelo
visual. Uma bunda. Um peito. Dois, no caso. A mulher já presta mais
atenção ao olhar, ao papo, ao charme. Os homens não querem perder tempo.
As mulheres querem mais tempo. Os homens querem quantidade. As mulheres
qualidade. Os homens não prezam pela fidelidade. As mulheres sonham com
o príncipe encantado. Os homens preferem não ligar no dia seguinte. As
mulheres querem um rótulo.
Isso tudo faz parte da cartilha da
guerra dos sexos. Desde que o mundo é mundo é assim.
Mas
não se pode esquecer que estamos tratando de seres humanos. E, por mais
que as diferenças sejam grandes, existe aí uma certa semelhança.
Instinto. Somos igualmente providos de instintos.
Os homens gostam de trepar com
desconhecidas. As mulheres preferem esperar um pouco mais. Mas se os
homens trepam com as tais desconhecidas isso significa que há algumas
mulheres que não se importam em perguntar o nome só depois. Como diz a
descreditada, mas com uma certa melancolia, Lila Protásio: "Acho que a
medida que o tempo vai passando as mulheres fazem cada vez mais sexo e
cada vez menos amor. Isso é bom e ruim ao mesmo tempo!" Conclusão
que torna as mulheres mais livres, mas que, ao mesmo tempo, as tira de seu
lugar comum de eternas românticas. Não contrária a esse ponto de vista
está Raphaela Vieira. Pra ela "mulheres fazem sexo e amor!" Será
que já aprendemos a revezar, então? Sexo com esse. Amor com aquele. E
por aí vai?????
As mulheres também têm suas
necessidades e às vezes só querem extravasar. Alguém que lhes deseje e
lhes de atenção. Mesmo que só por uma noite. Ainda que só às vezes nós,
mulheres, não queremos saber seu nome, data de nascimento ou religião.
Procuramos diversão e prazer. E por que não? Glaucia Matos que o diga.
Ela acredita no "sexo, sempre" E, seguindo a mesma linha de
pensamento, João Sabiá e Pedro Lima concordam que homens e mulheres,
igualmente, gostam do sexo. Apenas.
E, ainda que muito somente às vezes
também, os homens procuram algo mais. Aí vem as controvérsias. As
mulheres querem o sexo no seu sentido literal e ponto. E os homens se
sentem na obrigação da conquista. De balançar o coração. Mas enquanto
eles esticam o lençol para dormirem abraçados, elas já estão vestidas ao
pé da porta dizendo a célebre frase: "Me leva pra casa?!"
Gabriela
Teixeira prefere não opinar radicalmente, acredita apenas que "sempre
fizemos sexo, vezes com amor, vezes sem. Cada qual com seu valor.
Nenhum inferior ao outro."
Mas quando se trata de amor e sexo
tudo pode acontecer.
Não se faz amor sozinha. Fazer amor
vem dos dois. O que derruba o tabu de que só as mulheres fazem amor. É
preciso que as duas partes estejam envolvidas não somente fisicamente. A
atração deixa de ser apenas carnal. E não necessariamente começa do
lado do dito sexo frágil. Mas Jader Alves discorda do termo 'fazer
amor'. Pra ele, "o amor não precisa ser feito, pois já vem pronto.
Isso não passa de invenção do mercado feminino pra justificar a pretensa
ingenuidade das mulheres durante o ato." Na opinião de Jader elas
gostam mesmo é de sexo. Ponto.
Fazer sexo também vem dos dois.
Pode ser uma aventura. Um romance relâmpago. Uma única vez. Ou um mês.
Não importa.
No fundo, no fundo, os homens também se
sentem sozinhos e também desejam fazer amor. Mesmo que não por muito
tempo. Mas isso não é declarado.
No fundo, no fundo, as mulheres
também sentem vontade e também desejam fazer sexo. Mesmo que não por
muito tempo.
Mas Leandro Ravaglia declara-se abstêmio.
Veremos até quando.
O piadista Daniel Siwek aposta na máxima de
que: "A mulher está com um homem pro que der e vier. O homem está
com a mulher que vier e der!" Por que será que nenhuma representante
do sexo feminino fez piada sobre o assunto????
Bruno Peixotto e Tiago
Muller preferiram se fazer de desentendidos. A gente respeita.
No fim, falta apenas que as mulheres
não sejam mais taxadas por nomes desagradáveis cada vez que quiserem
simplesmente matar suas vontades. E que os homens percam o medo de
atravessar a tênue linha que separa o sexo puro da paixão e,
consequentemente, do amor. Estaremos a caminho de um equilíbrio na forma de ver e lidar com o sexo?
Não pra João Bitencourt que diz: "O homem põe o sexo pra fora. A mulher pra dentro." Quem sabe? Até quando?
Não pra João Bitencourt que diz: "O homem põe o sexo pra fora. A mulher pra dentro." Quem sabe? Até quando?
Como diz o mais ácido de todos os
representantes da espécie masculina, Dirceu Nochelli: "Tudo é ótimo. O
sexo é o complemento da busca, a realização da felicidade. Quem não
acorda mais feliz depois de um bom sexo? Na hora do amor eu falo até em
me casar. Quer fidelidade? Arranja um cachorro. Quer romance? Compra um
livro. Quer amor e compromisso? Volta a morar com teus pais?" Alguém
discorda de Dirceu? Será essa uma opinião livre ou apenas uma fase de
descrença?
Não se sabe. O que podemos perceber ao menos é que homens,
que já não eram declinados a acreditar no fazer amor, e mulheres, que se
perceberam em desvantagens sexuais, atualmente todos, sem exceção,
acreditam mais no sexo do que no amor.
(Por Tati Pasquali. Fonte de pesquisa: Facebook).
domingo, 2 de maio de 2010
Do vazio.
Quanta oferta. Quantos amores que duram uma noite. Um dia. Um tanto.
E você se vê debaixo de um céu azul. Seja de brigadeiro ou marinho. E só. Está só.
Você olha pro infinito e o que ele lhe diz?
Você olha pras estrelas e se pergunta se alguém também as vê. Não apenas como estrelas.
Você vê a Lua e o que enxerga? Um presente que alguém lhe deu certa vez. Comprei pra você.
E você sabe que cansou de ser só. Mas não tem coragem de contar isso à ela. Tem medo de parecer ridículo.
Num ato de desespero você então se agarra ao primeiro bote que passa. Arrastado também pela correnteza que não o leva à lugar nenhum. Ele vai afundar. E você sabe disso. Mas acha melhor do que se afogar sozinho.
Faltam palavras. E sobram suspiros.
Sobra esperança. E falta um pedaço.
Cuidados.
Você quer ser cuidado. Admirado. Sentido. Pisado. Reconciliado. Inteiro.
Você precisa ser contrariado. Magoado. Decepcionado. Pra se sentir feliz. Completo.
Ninguém disse que seria fácil. E você nunca se opôs por causa disso.
Ele faz tudo errado. E eu transbordo defeitos. Perfeito.
Não quer mais dar apenas uma parte pra cada.
Como se você fosse vários. Uma parcela pra cada um. Momentos. E não uma vida.
Mas aonde depositar o inteiro e não se sentir vazio?
E você só se dá conta dessa mutilação em certas noites. Como essa.
Falta um braço. Uma perna pra caminhar junto. Um coração pra ser dois.
E você toma coragem, perde o medo do ridículo e pergunta à estrela maior: em que parte desse mundo andará o pedaço que falta? Estará ele de férias nas Ilhas Fiji? Ou no interior do Brasil olhando o céu neon e se peguntando o mesmo?
Mas num momento de revolta maior você quase deseja amar mais o dinheiro. Ou então ser feito de máquina. Movido à pilha. E não sentir.
Felizes são os pinguins. Eles se casam para sempre. E, na maioria das vezes, quando se perdem numa migração, eles conseguem se encontrar um tempo depois. E não são felizes apenas porque são fiéis ao sentimento. Mas porque não se questionam. Ninguém num mundo inteiro de gelo pode ser mais merecedor de seu amor do que aquela criatura. E vice-versa.
Mas na escola ensinam que os racionais somos nós.
Racionais demais pro meu, pro seu, pro nosso gosto. E é por isso que nos perdemos. E nada fazemos pra nos encontrarmos dentro de outra pessoa. Porque é isso o que acontece. Nós nos apaixonamos quando nos encontramos dentro de outra pessoa. E por mais que pareça impossível, é quase como se fosse mesmo. Impossível. Improvável.
Você quer ouvir uma música e lembrar de alguém. Fechar os olhos e deixar que ele entre. Sem bater.
Você quer a incerteza. O inconstante. A descoberta. A emoção. A lágrima. De alegria. De medo.
Tudo o que queremos é dar um passo. Tirar o pé do vazio. Se jogar de cabeça, de peito, de espírito.
Te amo.
Você é a pessoa da minha vida.
E sonha com a pessoinha que terá os olhos dela. Mas o seu sorriso.
É a ordem natural das coisas.
Você já parou pra pensar, matematicamente, em qual é a probabilidade de você encontrar desejo, alma, amor, admiração, amizade, companheirismo, aconchego, proteção, projeções, arrepios, coragem e paixão tudo numa mesma pessoa? E o mais importante: que depois de achar tudo isso, ela esteja livre e disposta a apostar alto nessa parceria?
Não.
É um privilégio pra poucos.
Mas acho que somos merecedores.
Desde quando escolhemos que assim fosse.
Um brinde ao avanço da tecnologia. Que faz o seu trabalho dignamente.Afasta os corações. Mas lhe dá em troca um cardápio de vazios. Com o vazio se trabalha melhor.
Ainda bem que a internet ainda não chegou ao Pólo Sul. Os bichinhos de lá são muito mais felizes sem ela.
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