sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A Arte do Viver-se Só!

Eu gosto de usar o termo "Arte" na hora de falar sobre certas proezas humanas. Porque trata-se de uma arte. Tem referências, tendências. Assim como escrevi um texto, no início das minhas atividades nesse blog, que eu considero um dos melhores e mais inspirados que já escrevi. Se chama "A Incrível Arte do Não Saber Amar". Pra quem ainda não leu, ou já leu e quer relembrar:
http://blogsarau.blogspot.com/2009/06/incrivel-arte-do-nao-saber-amar.html

A arte do não saber amar está intimamente ligada à arte do viver-se só. Mas nem tanto! Porque amar ninguém ensina, a gente já nasce sabendo. Já nascemos amando mamãe e papai. Também amamos nosso cachorrinho de estimação, nossa professora de alfabetização, nossos bonequinhos que imitam super-heróis, etc... Mas algumas coisas ficam pra trás depois que abandonamos o Paraíso. Mordemos a maçã do conhecimento, perdemos a ingenuidade, saimos do ninho familiar e vamos desbravar o mundo. E o mundo é bem diferente do aconchego do ventre e muito mais cruel do que as brigas com os irmãos pra ver de quem é a vez de jogar video game. E nos sentimos órfãos. Órfãos. E vamos, pelas próprias pernas, traçando caminhos, cruzando nossas histórias, nos apaixonando e experimentando sentimentos nada razoáveis. Porque  o que é a dor ninguém ensina. Também já nascemos sabendo. Então aprendemos que o amor e a dor são companheiros. Amar a camisa de um time já tráz embutido o risco de chorar numa derrota na final. Encontrar o suposto amor da sua vida já vem acompanhado da possibilidade da prática não vingar. Então decidimos viver só. É melhor não assistir a derrota da arquibancada. Mas seu time poderia vencer com você na torcida.  Pena que não sacamos isso a tempo. Como válvula de escape usamos os exemplos alheios pra justificar nossas causas. "Fulano é casado, mas ele ganha muito dinheiro, ele pode!",  ou então  corrompemos nossas próprias causas: "Eu não tenho emprego fixo, não posso namorar ninguém!" "Ele não mora na Zona Sul, é muito longe pra manter frequência!" "Não tenho patrimônios, não posso ter filhos!" Sim, o auto-boicote faz parte dessa arte! Atacar pra se defender também é solucionável. Xinga, desdenha, manda o princípio básico da educação pras cucuias, destrói um coração. Se fica triste ao fazer isso? Claro que sim! Mas afasta-se o ser amado. E Bingo! Está sozinho novamente. E de obstáculo-proposital em obstáculo-proposital vamos vivendo sozinhos. Sexta a noite é dia de sair com a galera, tudo certo! A melhor roupa, no melhor estilo. Samba, rock, forró. Cerveja, cachaça, pandeiro. E a gente entra na leva. Entra no ritmo. No fim, vai pra casa sozinho. Ou acompanhado. No dia seguinte estará sozinho. Ou acompanhado. Mas inacessível. É importante manter-se inacessível na arte do viver-se só. Viver cercado de gente, mas sozinho. Numa multidão, sozinho. Por opção. Você vive cada dia com um, cada momento com outro. Manipula o seu ontem pra pessoa de hoje. Esconde seus sonhos pra de ontem. Não confessa seu presente pra de amanhã. E você vive, sem que quem dorme com você saiba como você acorda. Quem almoça com você desconhece suas tardes vazias. E segue. Espalhando migalhas, se alimentando de avos. Amor só o platônico. Daqueles que você mantém só pra você, onde você pode manipulá-lo ali no seu mundo, sem declarar, sem confessar. Daqueles que você olha pro ser amado e idealiza um mundo só de vocês, lá na frente, de mãos dadas numa cadeira de balanço vendo os netinhos correndo pela sala. Mas num momento de lucidez você enxerga sua total incapacidade de abandonar seu escudo. E enquanto você luta contra você mesmo o tempo não espera. O trem saiu da estação. Mas se você correr quem sabe você alcança. Não dá. O mundo secreto do platonismo segura suas pernas. Um passo. Você perde toda a possibilidade de não viver mais só porque deixou de dar um passo. Um só. Vai viver só. A dor já não está ali??? Na solidão??? Está. E ela pode até ser maior do que a dor de tentar, de se entregar, de confessar e não dar certo. Mas, pelo menos, só quem vai saber disso sou eu! Só quem vai sentir sou eu. A arte do viver-se só tem um quê de egoísmo.

Isso é uma auto-biografia. Ou não. Talvez uma mundo-biografia. Mas meu mundo é divertido e delicioso demais pra ficar só pra mim. Quero dividí-lo. Pipocas doces, banhos de mar, bicicleta, música, sexo, Nutella e bobagens. Discussão, apatia e mal-humor. Porque ele é delicioso mas não é perfeito. Dividir com um. Até que 1+1 some 2. Depois 3 e um cachorro. Foda-se o mundo. Se o mundo prefere a solidão eu vou à Marte.

domingo, 25 de outubro de 2009

Duas histórias alheias. Um sentimento meu.

: : Desde que iniciei esse blog, me apareceu uma pessoa que sempre lê as bobagens que escrevo. Um dia ela me adicionou no orkut dizendo ser uma fã do BlogSarau. Não aceito pessoas que não conheço. Mas tive curiosidade e decidi manter por perto aquela pessoa, que de cara me pareceu tão genuína quanto sensível. Ela nunca deixou comentários aqui, sempre preferiu me deixar depoimentos, o que me fez pedir que ela deixasse seus recados no blog, pra que todos possam ler, visto que seus comentários são sempre tocantes. Ela então me pediu para adicioná-la no MSN. E só essa semana conseguimos conversar um pouco, devido aos nossos desencontros. Depois de algumas linhas de conversa ela inicia o assunto (vou tentar reproduzir da forma como lembro):
Ela: Você vai com frequência à Curitiba?
Eu: Sim, duas ou três vezes ao ano. E você? (ela é de Santa Catarina e também mora no Rio)
Ela: Na verdade faz pouco tempo que voltei, passei por uma barra muito pesada, precisei ficar lá por algum tempo, perto dos amigos e da família pra me recuperar físico e emocionalmente. Estou retomando minha vida e meu trabalho aos poucos.
Eu: Vixi. Aposto que foi desilusão amorosa!
Ela: Se fosse isso teria sido muito mais fácil me recuperar. Foi mais grave. Logo depois do Carnaval eu sofri um acidente de carro com minha mulher. Ela não resistiu. E eu escapei por muito pouco.

(...)

Mais um daqueles momentos em que as letras não formam palavras e as palavras não formam frases.

(...)

Admiro quem consegue sobreviver à essas rateiras da vida. Não deve ser fácil levantar e continuar andando. Também não deve ser nada fácil querer continuar. A vontade de viver deve nos escapar às vezes...

(...)

Fazem alguns minutos que eu tô tentando escrever algo mais, mas realmente as palavras nao vêm...
Sinto muito...

(...)

: : Também acompanhei de perto o caso do acrobata da Intrépida Trupe, visto que meu professor, e amigo, de acrobacia é da Intrépida. Por telefone ele me relatou como foi enfiar o pé na porta da casa do rapaz e encontrá-lo daquela forma.

(...)

Desculpe, meu amigo, por não poder te falar nada que realmente lhe fosse confortante. Desculpe minha falha. Desculpe minha impotência. Mas se você assim quiser, podemos ir novamente até a Pedra Bonita e, dessa vez, saltar de asa delta e ver se lá de cima conseguimos vê-lo fazendo piruetas em alguma nuvem.

(...)

Eu nunca perdi alguém tão próximo. Eu desconheço a sensação de querer pegar o telefone e ligar pra pessoa pra falar qualquer bobagem, pra contar qualquer coisa, ou só pra desejar bom dia, e não poder fazer isso porque do outro lado da linha ninguém vai atender.

(...)

Mas eu agradeço por vocês terem dividido comigo suas histórias. Histórias essas longe de terem finais felizes. Mas que, de alguma forma, ativaram um botãozinho em mim, até então esquecido.
Nós, mortais, não podemos prever quando algo como isso acontecerá em nossas vidas e, muito menos, podemos evitar tais coisas. Nosso corpo é frágil e tem data de validade. Amanhã pode ser eu. Amanhã pode ser alguém importante pra mim. Alguém realmente importante. E eu peço desculpas a mim mesma por ter desperdiçado tanto tempo e tanta energia com o que não me era saudável. Com o que não me fazia feliz.  Com o que não servia pra mim. O meu tempo é curto. Minha vida não vai durar pra sempre. E nada do que eu posso tocar eu vou levar comigo. Ás vezes eu sinto saudade de mim mesma. Hora de cuidar do que vem dentro. Do coração à alma. Da consciência ao amor. Hora de dar importância ao que realmente é importante. Pra mim. Pra minha família. Pros meus amigos.
Eu estou aqui. Pra vocês. Pra nós. Por pouco tempo, eu sei, mas eu estou aqui.

(...)




Cansei de ser triste...                                 

(...)





(Podia ter sido ontem. Quase botei fogo na casa porque esqueci a chaleira no fogo. A chaleira derreteu. Graças ao elemento Ar do meu signo, eu sentia o cheiro de queimado e achava que não era comigo. Hahahahaha. Tem coisas que só eu mesmo. Bate na madeira três vezes. Knoc. Knoc. Knoc.)

 

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Remota Memória.



A lembrança mais antiga que tenho da minha vida é a casinha de madeira na Vila Hauer, onde morei até os 3 anos de idade. Lembro da tábua corrida do chão, do muro baixinho, da grama meio gasta. Lembro do meu quarto. De uma penteadeira cheia de bonecas com os rostos rabiscados de canetinha,  porque eu já era uma artista. Lembro de um sofá. Lembro da minha mãe sentada nele. Lembro da moto do meu pai. E da Brasília amarela. É tudo muito vago. Flashes. Mas aquilo era de uma segurança total pra mim. Eu me sentia protegida, como nunca mais voltei a me sentir um dia.



A segunda lembrança mais antiga que tenho da minha vida é a casa onde funcionava o escritório do meu pai. Um sobrado. Minha irmã ainda era um anjo no céu. Até então éramos só eu e meu irmão mais velho. Passávamos algumas tardes lá. Era uma casa muito grande, com um pé de mamão nos fundos. Mamões esses que nunca vingaram, porque a gente gostava de fazer um risco no mamão verde com a unha e ver aquela água leitosa pingar da fruta. Um quintal grande cheio de quinquilharias e a gente desbravava aquilo tudo. O segundo andar da casa era cheio de quartos. E a escada pra se chegar até lá era imensa. O corrimão fazia vez de escorregador na hora de descer. Na cozinha um velho fogão à lenha. Um cheiro naquela casa que nunca esqueci. Muitos anos depois, coincidentemente, essa casa foi vendida à um genial ator e diretor de clowns, onde eu fui estudar por alguns meses. Anos tinham se passado quando voltei a entrar naquela casa. Minha primeira reação foi questionar o porquê tinham diminuido a escada que dava pro segundo andar da casa. Barulhinho de ficha caindo. Eu é quem tinha crescido!


Por que mesmo a gente tem que crescer?

(...)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Hakuna Matata.




Quando o mundo vira as costas pra você, você vira as costas para o mundo! 
Isso é viver!






(ativando o botãozinho do foda-se!)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A vida é a arte do encontro...




A Terra gira e faz tudo aqui voltar pro mesmo lugar.
Quando alguém tem a nítida sensação de te conhecer de algum lugar. Você dá algumas opções possíveis.
- Trabalho. Festas. - Não. E não. Tenho certeza que não. - Então não sei. Desculpa minha memória fotográfica, ela não é das melhores. Além do mais, eu sou míope.
E você não liga. Mas quando ele te dá uma carona até em casa, como numa fita rebobinada vocês viajam no tempo. 4 anos atrás.
- É isso! Eu já vim na sua casa! Uma festa. Com Fulano.
Alguns segundos depois.
Você lembra. Mas a sua lembrança não tem movimento. É uma foto. Aquele rosto. Sua sala como pano de fundo.
- Era você. Sem dúvida. Que louco isso! Você precisou me trazer até aqui pra lembrar. E eu precisei que você se lembrasse porque me trouxe aqui pra eu poder também lembrar. Mas lembro. Lembro de ouvir seu nome.


O Sol gira e faz tudo aqui mudar de lugar.
Quando vocês se cruzam na rua. Dia sim. Dia não. Você conhece aquele rosto. Aquele rosto te conhece. Três dias sim depois vocês resolvem parar. E falar.
- Sim, Curitiba. - Faz tempo! Faz muito tempo. - Você não mudou nada. - Você melhorou muito!
E trocam telefones. Muitos dias não depois você liga pra aquele número. Por engano. Um nome tão comum. E se re-reencontram. Só pela voz. Muitos meses não depois você começa a tropeçar  nele direto. Amigos em comum. Cidade em comum. Arte em comum. 
- Nós nos beijamos. Tem quase uma década.
- Impossível. Eu me lembraria.
Não lembrou. Afinal, faz muito tempo. 


Alguns registros ficam pra uns. Nem tanto pra outros. Ás vezes um detalhe. Na maioria dos ás vezes, uma imagem congelada. Ou uma voz.


E daqui a pouco alguém passa. Outro repassa. Pode ser que fique por um tempo. Talvez muito. Talvez tão pouco. E pode ser que daqui a pouco vocês tropecem. E mais um pouco de daqui a pouco vocês retropecem. Aqui. Em outro estado. Em outro país. Ou continente. Na outra extremidade do planeta. Eu tenho vontade de ir ao Japão. Mas não sei se aguentaria ficar muito tempo de ponta-cabeça.








... Embora haja tanto desencontro pela vida!

domingo, 4 de outubro de 2009

Halo

TÔ APAIXONADA.



sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Enquanto eu não durmo.







Enquanto Morpheu, mesmo que com pouco trabalho (afinal, essa cidade não pára), não me dá o ar da sua graça, eu fico tecendo pensamentos, enquanto alguém fala na tevê e eu divago longe, muito bem acomodada no meu travesseiro da Nasa. Fico me perguntando até quando. Até quando amar. Até quando mentir. Até quando chorar. Até quando. Deu, né? E a gente cansa de bancar a desprotegida.


Outro dia numa conversa com um amigo, que já vai em meados dos trinta, me disse que não percebe o envelhecimento, que ele continua sendo o mesmo, com a única diferença, claro, da cabeça, da forma de pensar. Será mesmo que não percebemos o tempo passando? Ás vezes eu bato o pé quando alguma coisa não sai do jeito que eu queria. Outro dia quase chorei porque o sanduiche grudou na sanduicheira. Será que ainda não me dei conta de que já não tenho mais oito anos de idade? Talvez no mesmo dia do espisódio do sanduiche eu peguei uma balada e fui dormir as 6 da manhã num estado de semi-morte, pensando: não tenho mais idade pra isso! Será que também não me dei conta que pra ser velha ainda faltam uns 40 e tantos anos?  Será? Será? Ai que confusão. Certo que quando mais nova não via a hora de chegar aos 18. Agora tá tudo bem. Também não voltaria se assim pudesse. Aqui tá maneiro.


A idade tá na cabeça, tá na cabeça!!  Tenho certeza de que já ouvi isso de algum idoso por aí.


A propósito, seria justo vivermos os 17 com ares de 27? Nossa, 17! Há dez anos atrás eu experimentei cigarro pela primeira vez. Não tinha maiores obrigações do que ir à escola todos os dias pela manhã. Nessa época também me apaixonei por um menino. Flávio. Que um dia me beijou no palco do teatro do colégio. Me beijou para a platéia vazia. Na penumbra. Só nós dois. Que nem nos tornamos protagonistas porque não tinha ninguém pra assistir. Me lembro de ter saído correndo. Saí correndo pela porta dos bastidores do teatro, depois pela porta do prédio do colégio e, finalmente, pelo portão. Acho que só parei de correr do lado de fora, esbaforida. Na rua. Hoje, eu não fujo de beijos. Nem de discussões. Nem de mãos. Nem de olhos. Fujo, essa sim, das promessas. Mas meu corpo nunca esteve tão no lugar, minha cabeça nunca esteve tão presente, meu coração nunca foi tão realista. Se eu tivesse sacado algumas coisas aos 17 tudo teria sido tãão diferente. OK! Não adianta, eu precisava ser fútil, dramática e infantil pra hoje ter a percepção do quanto já fui fútil, dramática e infantil. Também é bem provável que daqui a 10 anos eu esteja rindo e/ou me culpando dos meus atuais 20 e poucos.


Mas é bom já ir longe dos 17!


Cantada, pra mim, hoje é: "Que maravilha! Você não sabe como é bom pegar num peito sem silicone! Silicone, mulher põe pra mulher, homem não gosta!"  Ou então: "Eu gosto de conversar com você. Você me faz rir"


Declaração do mínimoamor: "Pára de invocar Deus, deixa ele lá quieto no canto dele!"  (...) "Mas agora a gente tá mais perto dele, então tá tudo certo!"
Até aí nenhum "Eu te amo". E tá tudo certo. Há muito pouco tempo atrás era a morte!


Me lembro de que quando tinha 18 uma amiga dez anos mais velha me disse: "Ai que saudades dessa epóca. Aproveite, viu? Aproveite enquanto você ainda tem a capacidade de amar de uma forma pura, porque conforme o tempo vai passando, as coisas vão mudando, o amor vai mudando!" Pode até ser. Mas não dá pra se apaixonar adolescentemente pra sempre. Ou então não faremos mais nada na vida! A gente também cansa de viver aquela relação intensa, cheia de brigas e picuinhas. Se derreter  chorando na parede quando ele vai embora. Tipo Toni Braxton em Un-Break my Heart. De querer devolver as cartas e cortar as fotos. Ai, aquele pezinho lá no México, não adianta negar, todo ser humano tem sua porçãozinha mexicana. Uns mais, vá lá. Aliás, chega de novela mexicana! Tô mais pra um seriadinho da Fox!


E eu tenho percebido os garotos sub23 não prestando mais tanta atenção assim nas menininhas. Alguma coisa é mais interessante pra eles nas mulheres. Não posso ser hipócrita, a gente sabe onde moram esses interesses. E eles moram em vários lugares. Mas não fiquem zangadas meninas, por favor, tudo o que eles fazem de bom, gostoso e gentil eles aprenderam com a gente, então não reclamem. Enjoy it!


Mas quando será que aparecerá o primeiro pé de galinha? Alguém vende Natura? Chronos. Não custa tentar.