Enquanto Morpheu, mesmo que com pouco trabalho (afinal, essa cidade não pára), não me dá o ar da sua graça, eu fico tecendo pensamentos, enquanto alguém fala na tevê e eu divago longe, muito bem acomodada no meu travesseiro da Nasa. Fico me perguntando até quando. Até quando amar. Até quando mentir. Até quando chorar. Até quando. Deu, né? E a gente cansa de bancar a desprotegida.
Outro dia numa conversa com um amigo, que já vai em meados dos trinta, me disse que não percebe o envelhecimento, que ele continua sendo o mesmo, com a única diferença, claro, da cabeça, da forma de pensar. Será mesmo que não percebemos o tempo passando? Ás vezes eu bato o pé quando alguma coisa não sai do jeito que eu queria. Outro dia quase chorei porque o sanduiche grudou na sanduicheira. Será que ainda não me dei conta de que já não tenho mais oito anos de idade? Talvez no mesmo dia do espisódio do sanduiche eu peguei uma balada e fui dormir as 6 da manhã num estado de semi-morte, pensando: não tenho mais idade pra isso! Será que também não me dei conta que pra ser velha ainda faltam uns 40 e tantos anos? Será? Será? Ai que confusão. Certo que quando mais nova não via a hora de chegar aos 18. Agora tá tudo bem. Também não voltaria se assim pudesse. Aqui tá maneiro.
A idade tá na cabeça, tá na cabeça!! Tenho certeza de que já ouvi isso de algum idoso por aí.
A propósito, seria justo vivermos os 17 com ares
de 27? Nossa, 17! Há dez anos atrás eu experimentei cigarro pela
primeira vez. Não tinha maiores obrigações do que ir à escola todos os
dias pela manhã. Nessa época também me apaixonei por um menino. Flávio.
Que um dia me beijou no palco do teatro do colégio. Me beijou para a
platéia vazia. Na penumbra. Só nós dois. Que nem nos tornamos
protagonistas porque não tinha ninguém pra assistir. Me lembro de ter
saído correndo. Saí correndo pela porta dos bastidores do teatro,
depois pela porta do prédio do colégio e, finalmente, pelo portão. Acho
que só parei de correr do lado de fora, esbaforida. Na rua. Hoje, eu não fujo de
beijos. Nem de discussões. Nem de mãos. Nem de olhos. Fujo, essa sim,
das promessas. Mas meu corpo nunca esteve tão no lugar, minha cabeça nunca
esteve tão presente, meu coração nunca foi tão realista. Se eu tivesse
sacado algumas coisas aos 17 tudo teria sido tãão diferente. OK! Não
adianta, eu precisava ser fútil, dramática e infantil pra hoje ter a
percepção do quanto já fui fútil, dramática e infantil. Também é bem
provável que daqui a 10 anos eu esteja rindo e/ou me culpando dos meus
atuais 20 e poucos.
Mas é bom já ir longe dos 17!
Mas é bom já ir longe dos 17!
Cantada,
pra mim, hoje é: "Que maravilha! Você não sabe como é bom pegar num
peito sem silicone! Silicone, mulher põe pra mulher, homem não gosta!"
Ou então: "Eu gosto de conversar com você. Você me faz rir"
Declaração do mínimoamor: "Pára de
invocar Deus, deixa ele lá quieto no canto dele!" (...) "Mas agora a gente tá
mais perto dele, então tá tudo certo!"
Até aí nenhum "Eu te amo". E tá tudo certo. Há muito pouco tempo atrás era a morte!
Me lembro de que quando tinha 18 uma amiga dez anos mais velha me disse: "Ai que saudades dessa epóca. Aproveite, viu? Aproveite enquanto você ainda tem a capacidade de amar de uma forma pura, porque conforme o tempo vai passando, as coisas vão mudando, o amor vai mudando!" Pode até ser. Mas não dá pra se apaixonar adolescentemente pra sempre. Ou então não faremos mais nada na vida! A gente também cansa de viver aquela relação intensa, cheia de brigas e picuinhas. Se derreter chorando na parede quando ele vai embora. Tipo Toni Braxton em Un-Break my Heart. De querer devolver as cartas e cortar as fotos. Ai, aquele pezinho lá no México, não adianta negar, todo ser humano tem sua porçãozinha mexicana. Uns mais, vá lá. Aliás, chega de novela mexicana! Tô mais pra um seriadinho da Fox!
Me lembro de que quando tinha 18 uma amiga dez anos mais velha me disse: "Ai que saudades dessa epóca. Aproveite, viu? Aproveite enquanto você ainda tem a capacidade de amar de uma forma pura, porque conforme o tempo vai passando, as coisas vão mudando, o amor vai mudando!" Pode até ser. Mas não dá pra se apaixonar adolescentemente pra sempre. Ou então não faremos mais nada na vida! A gente também cansa de viver aquela relação intensa, cheia de brigas e picuinhas. Se derreter chorando na parede quando ele vai embora. Tipo Toni Braxton em Un-Break my Heart. De querer devolver as cartas e cortar as fotos. Ai, aquele pezinho lá no México, não adianta negar, todo ser humano tem sua porçãozinha mexicana. Uns mais, vá lá. Aliás, chega de novela mexicana! Tô mais pra um seriadinho da Fox!
E
eu tenho percebido os garotos sub23 não prestando mais tanta atenção
assim nas menininhas. Alguma coisa é mais interessante pra eles nas mulheres. Não posso ser hipócrita, a gente sabe onde moram esses interesses. E eles moram em vários lugares. Mas não fiquem zangadas meninas, por favor, tudo
o que eles fazem de bom, gostoso e gentil eles aprenderam com a gente,
então não reclamem. Enjoy it!
Mas quando será que aparecerá o primeiro pé de galinha? Alguém vende Natura? Chronos. Não custa tentar.
CARACA!!!! Você precisa ler o livro que estou lendo e nós precisamos sentar e conversar em prosa sobre nossas poesias. Vamos aproveitar que somos vizinhos agora!
ResponderExcluirPS: O nome do incrível livro?! Só pessoalmente!!!