quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Uma história de amor sem ponto final.



Superação é a palavra do Carnaval 2010.

Nunca pensei que eu conseguisse chegar até o fim daquela avenida. Viva. Respirando. Quando já me encontrava muito fudida e cansada, que eu volto a ficar de cabeça pra cima, olho pra frente e ainda resta metade. Metade de avenida. E quando, finalmente chego, o cronômetro marcava exatos 50 minutos. 50 minutos de acrobacias que me deixaram hematomas que eu nunca imaginei que eu pudesse ter um dia na vida. Mas valeu. Valeu descer do carro na dispersão e chorar de emoção. Única e simplesmente porque cheguei ao fim. Sem parar. E feliz fiquei ao pegar meu celular e ver a seguinte mensagem: "Tava linda de cabeça pra baixo!" de alguém que me viu de pertinho do camarote da Brahma. Superação. De chegar. Ao final. Rodar, cantar, sorrir, puxar, sentir dor, virar, voltar, bater palmas, quase cair, concentrar, respirar. Emoção. De me perceber capaz. Essa foi, sem dúvida, a maior emoção. Seguida da emoção do antes. Antes de começar o desfile. Os fogos. A expectativa. As milhares de pessoas. E foi praticamente um estado de meditação. De transe. Naqueles 50 minutos eu não era ninguém, eu não pensei em nada. Eu não quis ser nada. Eu não fiz pra ninguém. Eu nem eu não era. Seria muito bom poder entrar assim, em Alfa, sempre que necessário. Não acho que eu faria de novo. Aliás, terei que fazer de novo, afinal sábado tem o desfile das campeãs e eu fui contratada pra isso, é um compromisso. Mas não sei se ano que vem eu terei a mesma coragem. Não sei se um dia na vida eu terei a mesma coragem. A mesma força. A mesma vontade. Só sei que, por enquanto, está sendo incrível correr riscos.

EU VIAJEI NESSA MAGIA DE ALMA E CORAÇÃO.



Ouvindo Into the Wild. Esse disco me toca tanto. Esse filme me toca tanto. Eu quero me sentir protegida agora. Protegida de mim mesma. Quero me proteger das coisas que eu mesma posso vir a pensar. Das coisas que eu mesma posso vir a desejar. Protegida das coisas que eu posso vir a ouvir. Porque é irreversível. Tem coisas que você sabe que não deveriam ser ditas pra você, mas já que você não pode enfiar o dedo na goela das pessoas pra calá-las, é melhor deixar entrar por um ouvido e sair pelo outro. Ou então não lhes dar a oportunidade de falar. Sair de perto. Por que eu ainda não aprendi a dissimular?
Ah! E também me proteger das coisas que eu mesma possa vir a dizer. Eu falo demais às vezes. Mais do que deveria.

Contando os minutos pra amanhã a noite... Volta!


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