E era só uma menina quando resolveu fazer teatro.
Carregava consigo aparelho nos dentes, no corpinho comprido muita brancura e no rosto o maior sorriso já visto por aquelas bandas.
Tinha outra coisa que ela também sempre carregava. Um diamante. Pendurado no pescoço, perto do coração. Mas não era qualquer diamante. Era o mais valioso dos diamantes. Era ele quem lhe guiava. Quando ela tinha alguma dúvida ela perguntava ao seu diamante. E, se ela ficasse quietinha, ela conseguia ouvir suas sábias respostas.
Um dia, a Menina de cabelos vermelhos não tinha idéia do que fazer e resolveu conhecer o mundo. E foi.
Primeiro ela foi conhecer o gelo. E descobriu que havia no mundo uma brancura mais branca que a sua. Depois ela foi conhecer o mar. Ah, o mar! O mar era de um azul tão profundo que ela quase perdia a respiração quando olhava pra ele. Depois ela partiu rumo ao Velho Continente. Lá ela conheceu Reis e Rainhas, igrejas feitas de ouro, paralelepípedos de sabão, o céu cinza, o Papa.
Mas um dia a Menina se sentiu sozinha e resolveu voltar pra casa.
E era sempre feliz. De uma alegria contagiante. E assim ela também deixava as pessoas por onde passava.
Mas um dia a Menina que fala três línguas sofreu um pequeno acidente. Por um descuido ela tropeçou e foi ao chão. Imediatamente seus olhinhos com seus cílios de Emília se encheram de água. E não foi por causa do seu joelho ralado. Foi por causa do diamante que, com a queda, bateu contra o chão e se fez em mil pedacinhos. Enquando ela ainda se dava conta do acontecido, um vento forte começou a bater. A Menina se levantou e, desesperadamente, tentou juntar os mil pedacinhos do diamante. Mas todo o seu esforço foi em vão. O vento, rápido que só ele, tratou de levar pra longe os pedacinhos do diamante, feito poeira. Os olhinhos marejados da Menina ainda conseguiram avistar os pedacinhos da sua jóia pelo ar, antes de desaparecerem por completo.
A partir desse dia a Menina com cheiro de jabuticaba nunca mais foi alegre. Seu sorriso não foi mais visto. Sua luz apagou. Ela não sabia o que fazer sem o seu guia, sem a sua força. Ela passou muitos e muitos dias em casa. Sem querer ver ninguém, sem falar com ninguém. Ela ganhou um medo do mundo e ela não sabia como mudar isso. Ela tinha raiva.
Muito tempo se passou. Numa noite qualquer ela se levantou de um salto e decidiu que queria ver a Lua. A Lua, que brilhava tanto quanto o seu diamante perdido, poderia lhe dar uma resposta. Ela, que sempre fora uma boa menina, não sabia porque estava sendo castigada dessa forma. E assim ela fez. Vestiu seu casaquinho de gorro e foi pra rua. E pôs-se a caminhar. Sua vontade de levantar a cabecinha e olhar pra Lua era imensa, mas lhe faltava coragem. E lhe sobrava tristeza. Até que ela parou em frente ao gramado da praça. E, muito lentamente, foi levantando a cabecinha de cabelos arrepiados. E viu. A Lua. No momento em que o brilho da Lua refletiu na sua pupila ela quis abaixar imediatamente a cabeça. Mas algo lhe chamou a atenção. Uma estrela muito brilhante ao lado da Lua. Que estranho! As estrelas não costumavam brilhar dessa forma. Com essa intensidade. Com essa luz. Brilho como aquele ela só viu uma vez na sua vida. E foi no seu diamante. Então ela percebeu outra estrela piscando ali perto. E depois outra. E mais outra. Eram tantas as estrelas que ela dava voltas em si mesma pra poder vê-las. E então ela encontrou sua resposta. Como aquele brilho era único ela entendeu que cada uma daquelas estrelinhas era um pedacinho do seu diamante que o vento levara embora. E que ela nunca fora abandonada pelo seu guia, pois mesmo de longe, ele continuava a brilhar e iluminar o seu caminho. Seu coração bateu forte e aquecido. E ela riu. E ela gargalhou. E ela deu pulos de alegria.
A partir desse dia o mundo ficou mais feliz. Porque o maior sorriso do mundo voltou a habitar o seu lugar. O rosto da Menina que não tinhas idéias.
Carregava consigo aparelho nos dentes, no corpinho comprido muita brancura e no rosto o maior sorriso já visto por aquelas bandas.
Tinha outra coisa que ela também sempre carregava. Um diamante. Pendurado no pescoço, perto do coração. Mas não era qualquer diamante. Era o mais valioso dos diamantes. Era ele quem lhe guiava. Quando ela tinha alguma dúvida ela perguntava ao seu diamante. E, se ela ficasse quietinha, ela conseguia ouvir suas sábias respostas.
Um dia, a Menina de cabelos vermelhos não tinha idéia do que fazer e resolveu conhecer o mundo. E foi.
Primeiro ela foi conhecer o gelo. E descobriu que havia no mundo uma brancura mais branca que a sua. Depois ela foi conhecer o mar. Ah, o mar! O mar era de um azul tão profundo que ela quase perdia a respiração quando olhava pra ele. Depois ela partiu rumo ao Velho Continente. Lá ela conheceu Reis e Rainhas, igrejas feitas de ouro, paralelepípedos de sabão, o céu cinza, o Papa.
Mas um dia a Menina se sentiu sozinha e resolveu voltar pra casa.
E era sempre feliz. De uma alegria contagiante. E assim ela também deixava as pessoas por onde passava.
Mas um dia a Menina que fala três línguas sofreu um pequeno acidente. Por um descuido ela tropeçou e foi ao chão. Imediatamente seus olhinhos com seus cílios de Emília se encheram de água. E não foi por causa do seu joelho ralado. Foi por causa do diamante que, com a queda, bateu contra o chão e se fez em mil pedacinhos. Enquando ela ainda se dava conta do acontecido, um vento forte começou a bater. A Menina se levantou e, desesperadamente, tentou juntar os mil pedacinhos do diamante. Mas todo o seu esforço foi em vão. O vento, rápido que só ele, tratou de levar pra longe os pedacinhos do diamante, feito poeira. Os olhinhos marejados da Menina ainda conseguiram avistar os pedacinhos da sua jóia pelo ar, antes de desaparecerem por completo.
A partir desse dia a Menina com cheiro de jabuticaba nunca mais foi alegre. Seu sorriso não foi mais visto. Sua luz apagou. Ela não sabia o que fazer sem o seu guia, sem a sua força. Ela passou muitos e muitos dias em casa. Sem querer ver ninguém, sem falar com ninguém. Ela ganhou um medo do mundo e ela não sabia como mudar isso. Ela tinha raiva.
Muito tempo se passou. Numa noite qualquer ela se levantou de um salto e decidiu que queria ver a Lua. A Lua, que brilhava tanto quanto o seu diamante perdido, poderia lhe dar uma resposta. Ela, que sempre fora uma boa menina, não sabia porque estava sendo castigada dessa forma. E assim ela fez. Vestiu seu casaquinho de gorro e foi pra rua. E pôs-se a caminhar. Sua vontade de levantar a cabecinha e olhar pra Lua era imensa, mas lhe faltava coragem. E lhe sobrava tristeza. Até que ela parou em frente ao gramado da praça. E, muito lentamente, foi levantando a cabecinha de cabelos arrepiados. E viu. A Lua. No momento em que o brilho da Lua refletiu na sua pupila ela quis abaixar imediatamente a cabeça. Mas algo lhe chamou a atenção. Uma estrela muito brilhante ao lado da Lua. Que estranho! As estrelas não costumavam brilhar dessa forma. Com essa intensidade. Com essa luz. Brilho como aquele ela só viu uma vez na sua vida. E foi no seu diamante. Então ela percebeu outra estrela piscando ali perto. E depois outra. E mais outra. Eram tantas as estrelas que ela dava voltas em si mesma pra poder vê-las. E então ela encontrou sua resposta. Como aquele brilho era único ela entendeu que cada uma daquelas estrelinhas era um pedacinho do seu diamante que o vento levara embora. E que ela nunca fora abandonada pelo seu guia, pois mesmo de longe, ele continuava a brilhar e iluminar o seu caminho. Seu coração bateu forte e aquecido. E ela riu. E ela gargalhou. E ela deu pulos de alegria.
A partir desse dia o mundo ficou mais feliz. Porque o maior sorriso do mundo voltou a habitar o seu lugar. O rosto da Menina que não tinhas idéias.
Lindo Tati, me emocionei!
ResponderExcluirTati,
ResponderExcluirQue texto mais LINDO!
Vc é realmente especial!
Estou em lagrimas!!!
Bjsss
Amor da minha vida...assim como nao tenho ideias, nesse momento nao tenho palavras....esse foi o presente mai slindo que alguem ja fez pra mim, e me ocnforta tanto o coracao saber que voce me conhece assim tao bem e sabe exatamente o que sinto....estou em lagrimas agora...mas o que eu mais queria era poder te dar um super abraco....TE AMO GURIA...o texto ficou simplesmente lindo d mais! brigada do fundo da alma!
ResponderExcluirBelíssimo Tati! Belíssimo!
ResponderExcluirenfim... emocionante!
com as palavras esta cada vez melhor, e com os sentimentos cada vez mais fundo.
Brava!! a Day merece um texto assim!
Belissimo!
Nossa Tati, que coisa mais linda!
ResponderExcluirTô totalmente sem palavras...
Um bjo carinhoso Dai
Tati querida,
ResponderExcluirassim nao vale... deixou todo mundo em lagrimas...
é bom saber que a Menina que nao tem ideias tem amigas como voce!!
Um beijo grande querida
da um abraço bem forte e cheio de amor nela por mim :-*
Lindo!
ResponderExcluirOlá Tati, não te conheço pessoalmente, só de ouvir a Day falar! Mas, posso descrevê-la agora, como sendo uma pessoa tão especial e querida, só de ler a linda mensagem que escreveu à minha cunhada. Você conseguiu transformar sentimentos confusos em lindas e confortantes palavras!! Obrigada por demonstrar tanto carinho e amizade à essa menina que têm sim, idéias, e ainda uma vida inteira pela frente, para transformar seus sonhos em realidade com a ajuda e apoio de amigas como você!
ResponderExcluirBeijos,
kelly Bernardini
Amada Tati.
ResponderExcluirSó voce pra expressar tanto amor pela Day. Também sei da sua dor.
Te amo
fantástico!
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