domingo, 5 de setembro de 2010

Ciúmes.


Ele vem.  
Danado.
Eu não te chamei.
Eu queria que um buraco no chão se abrisse e o engolisse. Por completo.
Ou que você queimasse na própria chama.  Que sumisse.
E me deixasse em paz. Pra sempre.
Que fosse embora de vez pra que eu finalmente entendesse que você é inútil.
E que o mundo é do tamanho do mundo.
Mas que você não pode ser mais do que uma petit-poá no meu dia.  
Danado.
Suma.
Suma da minha vida.
Eu não tenho nada a lhe oferecer e a mim você só traz angústia.
De você eu quase morro.
Por sua causa eu peno.
Não leve meu sono embora mais uma vez.
Não roube mais o meu sossego.
A não ser que você tenha algo muito mais valioso que minha paz pra me oferecer em troca.
Tem? Você vem?
Como te cala?
Onde fica seu botão off?
Você é um soco no estômago. Na boca dele.
Um frio na barriga sem tesão.
Um arder nos olhos sem paixão.
Uma tristeza dolorida.
Um arrepio quente.
Uma força física.
Eu não gosto de você. Eu não conto com você. Eu nada conto pra você.
E eu não te gosto por aqui.
Deixei a janela aberta.
Trate de sair. 


2 comentários:

  1. ???? ¡¡¡¡¡ Faz um livro ??? !!!!!

    Fazia tempo que não aparecia, bom saber que o impacto é sempre como a primeira vez.
    Muito fã.
    Beijokas.

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